Política de financiamento da Funcap provoca crítica a favor e contra

Uma voz do Governo e outra do setor produtivo opinam sobre os projetos financiados pela Funcap. A agropecuária reclama que o setor se mantém alijado. E mais: 1) Cofecom reelege Lauro Chaves Neto; 2) Oi avança em Fortaleza e Juazeiro

Duas reações surgiram à matéria publicada ontem por esta coluna sobre a frustração de um empresário da indústria e de outro da agricultura que criticaram as ações de financiamento da Funcap (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico) apresentadas na véspera no Seminário Água no Semiárido, realizado na Fiec.

Os dois empresários lamentaram que a Fucap mantenha distância do setor produtivo, que, na sua opinião, não é beneficiado pelos projetos financiados por ela.

Sílvio Carlos Ribeiro, secretário Executivo do Agronegócio da Sedet, transmitiu à coluna mensagem de apoio à Funcap, na qual afirma:

“Ela (a Funcap) tem nos ajudado bastante dentro do Programa Cientista-Chefe da Agricultura, desenvolvido pela Sedet. Hoje, mesmo estamos com uma equipe de bolsistas na Chapada do Apodi, trabalhando algumas demandas da Fapija (Federação dos Produtores do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi). Tenho feito uma boa interlocução com Tarcísio Pequeno (presidente da Funcap) e a equipe dele. Ele também apoia nosso Programa Clusters de inovação”.

Em sentido oposto, um consultor em agropecuária amplia a crítica do empresário da indústria e do seu colega da agricultura à atuação da Funcap. Ele diz à coluna o que se segue:

“Os recursos da Funcap destinaram-se, até agora, preferencialmente, para os professores e doutores das universidades Federal (UFC) e Estadual (Uece). O ex-presidente da Faec, Torres de Melo, tentou colocar o agronegócio na pauta de financiamentos da Funcap, mas sem sucesso, pois isso nunca aconteceu. Esse pessoal que, recentemente, foi para a Chapada do Apodi foi lá para medir vazões dos pivôs centrais que operam lá. Há uma pergunta a ser feita, e é a seguinte: Funcap, os empresários do agronegócio querem saber quantas teses de mestrado e doutorado foram financiadas pela Funcap sobre o agronegócio cearense? Quantos trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos? Qual o porcentual do dinheiro da Funcap para pesquisa e desenvolvimento foi para o agronegócio? O programa Cientista Chefe é uma ótima ideia, mas do tipo beija-flor, pois colocam os estudantes para fazer umas coisinhas, algo que o empresariado nem sente. Quais foram as teses financiadas pela Funcap que influíram nas cadeias produtivas das frutas, do camarão, do leite, do mel, da piscicultura? Qual é a interação da Funcap com os empresários?”

A mesma fonte sugere que a Funcap promova uma reunião com as cadeias produtivas do agronegócio, “porque isso ajudará a redirecionar o papel da Funcap, que é uma ferramenta importantíssima para o desenvolvimento do setor produtivo industrial e agropecuário”.

COFECOM REELEGE LAURO CHAVES NETO 

Ontem, em Brasília, o Conselho Federal de Economia (Cofecom) realizou a Assembleia de Delegados-Eleitores, evento destinado a eleger conselheiros federais com mandato para o triênio 2022-2024. 

O cearense Lauro Chaves Neto – PHD em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor da Uece e assessor econômico da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), conselheiro do Cofecom – foi reeleito.

OPERADORA OI AVANÇA EM FORTALEZA E JUAZEIRO

A operadora de telecom Oi avança com o seu serviço de fibra ótica no Ceará que se expande nos bairros das cidades de Fortaleza e Juazeiro do Norte.
 
Hoje, informa a Oi, são mais de 165 bairros das duas cidades que já dispõem dessa tecnologia. 

A Oi Fibra, que oferece internet, conteúdo (IPTV) e voz para mais de 85 mil clientes espalhados entre os municípios de Fortaleza e Juazeiro do Norte, também registra, entre janeiro e setembro deste ano,  crescimento de 25% na adesão de novos clientes em ambas as cidades.

CAGECE ACELERA ATENDIMENTO 

Terça-feira, 30, ao meio-dia, surgiu um vazamento na rede de esgoto da Cageca na esquina das ruas República do Líbano e Barbosa de Freitas, no coração do Meireles. O vazamento escorria pelo meio da rua em direção da Avenida Beira Mar, exalando um odor fortíssimo.

Moradores da área telefonaram para a Cagece, que, em 15 minutos, mobilizou uma viatura equipada e uma equipe de técnicos que, uma hora depois, reparou o defeito e estancou o vazamento. Gol!!