Fiec revela números e ações que dão força à indústria do Ceará

Na Festa da Indústria, ontem, no La Maison, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, disse que é urgente aprovação da Reforma Tributária.

Ao saudar ontem, à noite, no La Maison, os quatro homenageados da Festa do Dia da Indústria – Ivens Dias Branco Júnior, Rogério Aguiar, Hermano Frank e Carlos Pereira – destacando o que cada um deles fez pelo desenvolvimento industrial cearense, o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante alegrou os mil convidados do evento com boas notícias.

Ele começou dizendo que, em 2021, a indústria cearense “apresentou um relevante crescimento de 13,4%, contra apenas 4,5% da indústria nacional”, salientando que, ao mesmo tempo, o PIB do Ceará cresceu 6,6% contra 4,6% da média nacional. E fez questão de destacar que grande parte desse crescimento da economia estadual cearense se deveu “à desenvoltura da nossa indústria”.

Ricardo Cavalcante afirmou que o setor industrial tem “papel essencial na promoção da cidadania” e acrescentou que “mais do que gerar emprego e renda, o que é fundamental, a indústria desenvolve soluções que melhoram a qualidade de vida das pessoas e contribuem para a redução das desigualdades sociais e a diminuição do desequilíbrio regional”.

Sempre com um discreto sorriso nos lábios, o presidente da Fiec, pondo toda força na voz, discursou:

“Dados da CNI revelam que no último ano, mesmo sendo um dos setores mais impactados pela pandemia, a indústria brasileira respondeu por 22,2% do PIB nacional. Também fomos responsáveis por 68,6% de todo o investimento privado em pesquisa e desenvolvimento e por 32,9% de toda a arrecadação de tributos federais. Para cada 1 real produzido na indústria, são gerados 2,34 reais na economia brasileira. E no Ceará não é diferente. Números do Observatório da Indústria da Fiec justificam o otimismo da maioria dos industriais cearenses em relação ao crescimento do setor em nosso estado, apesar das incertezas no horizonte.”

E prosseguiu:

“O país e o mundo vivem um momento difícil. Ainda nem nos recuperamos da pandemia, que ceifou tantas vidas e provocou enormes estragos na economia global, e já nos deparamos com outro grande desafio: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os conflitos naquele território, que já duram três meses, provocam uma tragédia humanitária com pesados reflexos econômicos, que se materializam em problemas nas cadeias de suprimento, inflação e aumento de juros. Tudo isso vai resultar em menos crescimento global. Portanto, é necessário adotar medidas corretas para estimular as empresas, a expansão do emprego e o crescimento da economia. E a ação mais importante e urgente nessa direção é a aprovação de uma reforma ampla da tributação sobre o consumo, que elimine as distorções, simplifique o sistema e desonere as exportações e os investimentos”

Em seguida, Ricardo Cavalcante enveredou pelo que a Fiec vem fazendo hoje, apoiando iniciativas do Governo do Estado e implementando seus próprios projetos e programas.

“Em nosso estado, a indústria tem sido uma grande aliada de toda a sociedade, na promoção do desenvolvimento sustentável e na construção de novos caminhos que nos levarão ao futuro. Nós da Fiec temos participado de grande parte dos movimentos em curso no Ceará, no Brasil e no mundo. Estivemos na linha de frente da consolidação do Hub de Hidrogênio Verde, contribuindo de forma efetiva para a integração estratégica do Estado com a Academia e com os demais setores produtivos. Trabalhamos pelo fortalecimento do setor de energias renováveis, especialmente aquelas de fonte eólica e solar, que são fundamentais na viabilização da geração de Hidrogênio Verde em nosso estado. E este é um fator que deverá modificar de forma positiva a realidade socioeconômica do Ceará. Nesse processo, a Fiec também trabalhou pela regulamentação da geração híbrida das fontes eólica e solar. E seguimos lutando pela regulamentação federal dos parques eólicos offshore.”

E continuou transmitindo mais informações do que está executando a Federação das Indústrias do Ceará: 

“Nesta semana, demos início à instalação do Centro de Excelência para a Transição Energética da Fiec, com parceria da Maersk, Aeris e da Agência de Cooperação alemã GIZ. Esse projeto prevê investimentos iniciais superiores a R$ 30 milhões. Em sintonia com o movimento mundial pela descarbonização da economia, implantamos o Núcleo ESG-Fiec, que vem contribuindo para as indústrias cearenses ajustarem seus processos à cultura ESG. Queremos ver as nossas indústrias cada vez mais competitivas, tanto em âmbito local quanto global. Atentos às novas tecnologias e à importância da gestão de dados para a tomada de decisões estratégicas, não só para a indústria, mas para todos os segmentos, estruturamos o Observatório da Indústria da Fiec com os mais avançados recursos. E isso nos coloca na vanguarda da inteligência digital em todo o país. Estamos fazendo uma verdadeira transformação digital no Sistema Fiec que já é um case nacional para todo o Sistema S.”

Ricardo Cavalcante concluiu assim:

“Sesi, Senai e IEL estão preparados para dar às nossas indústrias e a seus colaboradores competências essenciais para que elas possam agregar valor a seus produtos, ganhar diferenciais competitivos, e vencer nos diversos mercados onde atuam. A indústria cearense demandará a qualificação de 289 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025. E nós estamos preparados para atender toda esta demanda. Com o Centro Internacional de Negócios, estamos qualificando nossas indústrias para competir globalmente, firmando suas marcas em todo o mundo. A Fiec, hoje, é referência em inovação, criatividade, tecnologia, eficiência e otimização de recursos, em todo o Sistema Indústria do Brasil. Somos parte essencial do ecossistema socioeconômico, que vem trabalhando para mudar a realidade do nosso estado, e transformá-lo num celeiro de oportunidades para todos que nele vivem e trabalham.”

À Festa da Indústria compareceram a governadora Izolda Cela, o senador Cid Gomes, o ex-governador Camilo Santana, secretários de Estado e grandes personalidades da sociedade cearense, além, naturalmente, dos maiores empresários do estado nas áreas da indústria,do comércio e da agropecuária.