Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!' Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito.'
Reflexão - A perfeição é a vivência do amor de Deus!
Neste Evangelho Jesus vem nos dar consciência de que os ensinamentos do mundo não devem mais fazer parte do nosso padrão de vida de cristãos comprometidos com o Evangelho. O que outrora nos ensinaram, as regras que delimitaram as nossas ações no tempo da ignorância, são completamente incoerentes com a nossa vivência de seguidores de Cristo. Já percebemos que a metodologia do Pai é completamente diferente daquela que o mundo quis nos formatar. Amai os vossos inimigos e rezai porque aqueles que vos perseguem”. Por isso, é que Ele nos manda amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem. Jesus é o nosso referencial e nos convoca a agir com o nosso próximo da mesma maneira como Ele age conosco. Tornar-nos-emos filhos do Pai que está nos céus na medida em que formos perfeitos como Ele é perfeito. Muitas vezes, porém, confundimos perfeição com perfeccionismo. Jesus nos ensina que ser perfeito é saber viver de acordo com a condição de filhos do Pai que nos criou e conformados à sua imagem e semelhança. Somos chamados (as), a imitá-Lo e, por conseguinte, aprender com Ele a perdoar, amar, acolher e aceitar o nosso próximo, do jeito que ele é, mesmo que esteja fora dos nossos padrões. A perfeição, portanto, é a vivência do amor de Deus em todas as situações da nossa vida e com todas as pessoas e não somente, com aqueles a quem nos é apreciável e fácil fazê-lo. Somos parecidos com o Pai quando vivenciamos o Seu Amor em todos os nossos relacionamentos, pois Deus ama incondicionalmente ao maior pecador. Aos olhos humanos o que Jesus nos ensina neste Evangelho é um verdadeiro contrassenso, pois, na maioria das vezes, damos o primeiro lugar na nossa vida às pessoas de quem mais gostamos; só oramos por aqueles (as) nossos (as) mais queridos (as); só cumprimentamos a quem simpatizamos; só ajudamos às pessoas que podem nos recompensar; gostamos sempre de permanecer no grupo perto das pessoas com quem mais nos identificamos e assim por diante! As outras pessoas, porque estão fora do nosso convívio são como ilustres desconhecidos para não dizer inimigos. Precisamos, também refletir e descobrir quem são os nossos inimigos, quem são aqueles que nos estão perseguindo e se estamos rezando por eles. Às vezes, os nossos inimigos e perseguidores estão muito perto de nós e até dentro da nossa casa e simplesmente porque não simpatizarmos muito, esquecemos também de rezar e pedir a Deus por eles. Conscientes disso, todavia, sabemos que a graça e o poder do Pai são bastante para que possamos cumprir com a ordem que Jesus nos manda obedecer. - O que você acha da proposta de Jesus? – Você tem dificuldade em aceita-la? – Você tem inimigos? – Quem são eles? Você os ama e ora por eles? - Qual é a sua atitude para com aqueles que o (a) perseguem – Você quer ser perfeito (a) como o Pai?
Helena Colares Serpa – Comunidade Católica Missionária Mariana UM NOVO CAMINHO