Uma boa notícia! O Brasil alcançou, na sexta-feira da semana passada, a marca de 18 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de Geração Distribuída (GD).
O resultado, puxado pela energia solar, com 98,5% do total em GD, conta também com a evolução de outras fontes, como a biomassa, o biogás, a energia eólica, a energia movida a potencial hidráulico e a cogeração a gás natural.
De acordo com Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), a GD começou 2023 com o mesmo ritmo de crescimento que terminou o ano passado.
“Prova disso é que em janeiro o Brasil completou 17 GW e, agora, menos de 30 dias depois, alcança a importante marca de 18 GW. A nossa previsão é de que, até o final do ano, o segmento chegue a cerca de 25 GW de capacidade”, disse ele.
Atualmente, a geração própria de energia conta com 1,7 milhão de usinas de microgeração e minigeração distribuídas pelo País e 2,2 milhões de unidades consumidoras (UC’s) que utilizam a GD no país. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou outro imóvel abastecido por micro ou miniusinas, todas elas utilizando fontes renováveis.
De acordo com a ABGD, com os atuais 18 GW de potência instalada, a geração distribuída tem capacidade suficiente para abastecer aproximadamente 9 milhões de residências, ou 36 milhões de pessoas. Entre os consumidores beneficiados, a maioria (48,6%) dos projetos é do grupo residencial, seguido pelo consumo comercial (28,7%), rural (14,7%) e industrial (6,9%).
A geração própria de energia ajudou a colocar a fonte solar na segunda posição da matriz elétrica nacional: cerca de 2/3 da potência dessa fonte vêm da Geração Distribuída, em telhados ou projetos de minigeração, contra 1/3 de geração centralizada (as fazendas solares de grande porte).
A expectativa é de que a GD mantenha o crescimento vertiginoso em 2023, acrescentando cerca de 8 GW ao longo do ano.
A evolução da geração própria de energia passa principalmente pelos benefícios oferecidos por essa modalidade, em diferentes aspetos.
Para os consumidores, a GD tornou-se uma alternativa para garantir previsibilidade e baixar custos, além de contribuir com a transição energética. Em relação ao sistema elétrico nacional, a geração própria de energia reduz custos de transmissão e distribuição e contribui para a segurança do sistema, além de utilizar fontes renováveis.