Empresário Beto Studart vê 2024 com otimismo

Ele aposta no trabalho convergente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que querem levar a inflação para o centro da meta. E anima-se com o futuro da economia do Ceará que terá o Hub do H2V

Principal empresário da construção civil e da incorporação imobiliária do Ceará, com investimentos que agregam inovação tecnológica e criatividade arquitetônica, o industrial e, também, agropecuarista Beto Studart está otimista com a próxima chegada do Ano Novo, mesmo com o aviso dos institutos mundiais que monitoram o clima – a Funceme no meio – segundo os quais 2024 chegará trazendo na bagagem mais um período de chuvas abaixo da média histórica. Traduzindo: haverá seca. 

“Não me assusta. Dispomos ainda de boa reserva no Castanhão e no Orós e, também, no conjunto de açudes que fornecem água à Região Metropolitana de Fortaleza. O abastecimento humano, prioridade das prioridades, está, pois, garantido”, diz o empresário, que também aponta o Projeto São Francisco de Integração de Bacias como a solução definitiva para o problema. 

Ele aproveita para celebrar os bons resultados de suas empresas neste exercício de 2023.

Para Beto Studart, este ano – que, em janeiro, parecia difícil de enfrentar – foi de muito bons resultados para o seu conjunto de empresas que se agregam na BSpar: 

“Concluímos e entregamos vários projetos, lançamos outros e prospectamos futuros investimentos, todos eles com a marca da inovação. Estamos aproveitando a maré a favor do mercado imobiliário cearense, mas agregando valor a ele, no que estamos a contribuir para o salto de qualidade que o setor da construção civil do Ceará vem dando nos últimos anos”, afirma Studart à coluna.

Para 2024, sua expectativa é ainda maior, porque, além do BS Gold, um condomínio residencial lançado neste ano e com 80% de suas unidades já vendidas, sua BSpar deverá lançar o BS Steel, que será o primeiro edifício residencial de Fortaleza a ser construído com 100% de sua estrutura em aço, para o que a gigante ArcelorMittal fornecerá a matéria-prima.

Atento à cena da economia e aos fluxos e refluxos da política, Beto Studart entende que os investimentos privados são, em todos os setores da atividade econômica, muito subordinados pelo que faz ou deixa de fazer o governo, cujas decisões – máxime as relativas ao quadro fiscal – repercutem na taxa de juros, na inflação, na oferta do crédito e na decisão do empresário de investir ou não. 

Neste momento, por exemplo, os empresários aguardam, com ansiedade e muita expectativa, a aprovação da Reforma Tributária, prometida, mais uma vez, para a próxima semana. 
 
“Mantenho o meu otimismo. Embora discorde de alguns aspectos do governo do presidente Lula, creio no trabalho da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da diretoria do Banco Central liderada pelo Roberto Campos Neto, que se esforçam convergentemente para levar a inflação para o centro da meta, e isto vem sendo perseguido com sucesso até agora. Haddad batalha para alcançar a meta de zerar o déficit orçamentário em 2024, e sua posição tem a torcida do mercado”, comenta Studart.

E para o Ceará, qual é o cenário que pode ser desenhado para o Ano Novo de 2024? – é a pergunta da coluna.

Beto Studart responde de bate-pronto com o seu tradicional entusiasmo:

“O futuro próximo do Ceará e de sua economia é promissor, e digo isto por uma série de razões, a primeira das quais se baseia no projeto do futuro Hub do Hidrogênio Verde do Pecém, ao qual aderiu, na primeira hora, a Fiec (Federação das Indústrias). A esse projeto aliou-se, também imediatamente, a Universidade Federal do Ceará. 

“Essa união de força do governo estadual, da iniciativa privada e da academia tornou a proposta do Hub do Hidrogênio Verde do Pecém um ‘case’ mundial: 35 grandes empresas multinacionais e nacionais brasileiras celebraram Memorandos de Entendimento com o Governo do Estado. Hoje, quatro delas – a Fortescue, a Casa dos Ventos, a AES e a Cactus Energia Verde – estão prontas para começar a construção de suas unidades industriais que produzirão o H2V no Pecém. Para isto, aguardam o Licenciamento Ambiental e a regulação dessa atividade, cujo projeto-de-lei tramita em boa velocidade no Congresso Nacional. Estou falando de investimentos superiores a R$ 100 bilhões”.

Concluindo, Beto Studart sentencia: 

“Há algo que diferencia o Ceará dos demais estados da Federação: é o cearense, com cujo trabalho, força criativa e capacidade de inovar todos contamos, inclusive o governo, para o nosso grande salto transformador”.