Hoje, sexta-feira, 6, das 8 às 12h30, no Hotel Gran Marquise, empresários da indústria e da agropecuária do Ceará estarão reunidos com autoridades do governo do estado, incluindo o governador Elmano de Freitas, que abrirá o evento; com diretores do Banco do Nordeste (BNB) liderados pelo seu presidente Paulo Câmara à frente; com diretores da Enel Ceará Distribuição encabeçados pelo seu presidente José Nunes; e com representantes e pesquisadores das universidades cearenses – todos com um só objetivo: obter informações privilegiadas de como eram 30 anos atrás, como são hoje e como deverão ser em 2050 queles dois setores da economia estadual.
“Mergulharemos na mais recente história econômica do Ceará, cuja indústria e cujo agro descobriram as virtudes da tecnologia e da inovação e hoje colhem os resultados dos investimentos que as empresas privadas – com o apoio do governo do Estado e o financiamento do BNB – fizeram e seguem fazendo para manter-se no patamar de qualidade exigido pelos mercados brasileiro e estrangeiro”, como lembra Marden Vasconcelos, sócio e diretor Comercial da Tijuca Alimentos, um dos melhores exemplos desse crescimento.
Esta coluna pode afirmar que a Tijuca é uma das empresas que mais se desenvolveram no Ceará nos últimos 30 anos. Ela está no mercado há mais de 55 anos.
Aliás, a avicultura cearense é um explícito caso de sucesso. Nos últimos anos, e mais precisamente de 2020 para cá, houve fusões e incorporações de empresas, o que fortaleceu o setor pelo crescimento quantitativo, mas, essencialmente, pelo seu progresso qualitativo.
Por meio desse processo, a Tijuca – fundada pelo empresário Everardo Vasconcelos, um visionário, pai de Marden, ganhou musculatura, identificou os defeitos, livrou-se deles, e apropriou-se apenas das virtudes da governança corporativa e da sustentabilidade, diversificando seus investimentos, que hoje incluem a pecuária bovina leiteira, o cultivo de eucaliptos (são 400 hectares plantados e já alcançando a idade de corte) e de girassol com vistas à produção de um óleo vegetal que vale ouro no mercado.
Deve ser lembrado que o negócio principal da Tijuca Alimentos é a produção de ovos e de carne de frango, para o que instalou e opera um moderno frigorífico.
A carcinicultura, a fruticultura, a apicultura (que já começa a exportar seu delicioso mel de abelhas) e a piscicultura são ramos do agro cearense que também crescem na velocidade do forró pé de serra (aquele com sanfona, triângulo e zabumba).
Hoje, no “Cresce Ceará”, Luiz Roberto Barcelos, sócio e diretor de Assuntos Institucionais da Agrícola Famosa, abrirá o painel do agro para contar o que aconteceu nos últimos 30 anos nessa área produtora e exportadora do agro cearense.
A cotonicultura também avança aqui. O objetivo do projeto “Algodão do Ceará” – lançado pelas Federações da Agricultura e Pecuária (Faec) e das Indústrias (Fiec) em parceria com o Governo estadual – é devolver o Estado ao protagonismo que teve entre os anos 1960 e 1980 do século passado, quando chegou a ser o segundo maior produtor de algodão do país.
Um empresário, Raimundo Delfino Filho, está mostrando na sua Fazenda Nova Agro, na Chapada do Apodi, no Leste cearense, que é possível cultivar e colher algodão no Ceará com produtividade e qualidade semelhantes às das regiões produtoras de Mato Grosso, Bahia e Tocantins.
Sobre o algodão, no “Cresce Ceará” falará Sérgio Armando Benevides, cearense, diretor da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, responsável pela compra de algodão das empresas têxteis de Mário Araripe (Casa dos Ventos) no Ceará e na Bahia e um estudioso do mercado algodoeiro no Brasil e no mundo.
Por sua vez, o consultor Raimundo Reis, especialista em pecuária leiteira, explicará como o Ceará saiu da idade da pedra, há 30 anos, e chegou ao patamar atual, graças a investimentos privados na biogenética que melhoraram a qualidade dos rebanhos; na produção de volumosos (capim, milho, soja, palma forrageira, sorgo) que são ensilados; na instalação de modernos estábulos que melhoram a qualidade de vida dos animais; nas novas tecnologias e na inovação. Por causa de tudo isto, a pecuária cearense consegue manter em crescimento sua produção, mesmo em anos de baixa pluviometria.
Resumindo: o “Cresce Ceará” é uma oportunidade única de conhecer por dentro e em pormenores como e por que crescem sua indústria e sua agropecuária. Em todos os seus ramos – incluindo o cultivo de flores e plantas ornamentais e o de tomates e pimentões coloridos sob estufas – o agro do Ceará mantém-se na curva de crescimento.