Por 17 votos a favor, nenhum contra e três abstenções, o Conselho Estadual do Meio Ambiente, o Coema, aprovou ontem à tarde o pedido de licenciamento ambiental para a implantação do que é considerado o maior projeto mundial de geração de energia solar fotovoltaica.
Ele será construído pela brasileira Omega, uma das maiores empresas brasileiras do setor energético, em terras que pertencem ao Grupo J. Macedo, na geografia dos municípios de Aracati e Fortim.
A potência instalada do projeto será de 4,6 GW (gigawatts), ocupará 8 mil hectares e terá 8 milhões de placas solares, cujos fornecedores ainda não foram revelados.
Toda essa energia será destinada à unidade de produção de Hidrogênio Verde da australiana Fortuescue.
O valor do investimento também não foi revelado.
O secretrário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, disse à coluna que o empreendimento da Omega recolocará o Ceará no protagonismo da área das energias renovábveis, destacando que outros projetos, também de grande porte, estão chegando ao estado atraídos pelos investimentos que serão feitos por empresas nacionais e estrangeiras na produção do Hidrogênio Verde.
Para ser ver, lembrou o secretário Maia Júnior, o hidrogênio terá de ser produzido com energias renoáveis -- eólica, solar fotovoltaica ou hidráulica ou de biomassa.
No site da Omega, na internet, está escrito o seguinte:
"Nos tornamos a maior empresa brasileira de geração a partir de fontes renováveis e hoje produzimos energia capaz de abastecer 3 milhões e 800 mil lares. Nossa missão é empoderar empresas e pessoas por meio da energia limpa, barata e simples, garantindo redução de custos e contribuindo para uma economia de baixo carbono. Não descansaremos até que a energia renovável seja uma realidade para todos."