Houve festa ontem na Bolsa de Valores brasileira B3, que fechou pela primeira vez acima dos 131 mil pontos – mais precisamente aos 131.083 pontos, uma alta de 0,68%.
O dólar, por sua vez, encerrou o dia cotado a R$ 4,90, com queda de 0,65%.
A alta da Bolsa B3 teve como uma de suas causas a valorização do petróleo do tipo Brent, negociado na Bolsa de Londres e referenciado pela Petrobras. O preço internacional do barril subiu ontem 2,08%, alcançando US$ 78,15. Na sexta-feira da semana passada, esse preço esteve na casa dos US$ 73.
E por quê subiu o preço do petróleo. O motivo principal foi o anúncio das grandes empresas de navegação que decidiram não mais utilizar o Canal de Suez no seu caminho dos seus navios petroleiros para a Europa. É que os rebeldes houtis, do Iemen, estão atacando embarcações que navegam pelo Mar Vermelho.
A British Petroleum anunciou ontem que seus petroleiros já estão usando o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, para chegar à Europa. Pelo mesmo motivo, a gigante dos mares Maersk também decidiu trocar o Canal de Suez pelo Cabo da Boa Esperança pelo mesmo motivo. A duração da viagem é bem maior, porém mais segura, e isto fez subir o preço do petróleo e, também, as ações ordinárias da Petrobras, que ontem se valorizaram 2,05%.
É pelo Canal de Suez que passa grande parte das matérias primas que movimentam a economia mundial. Sem o Canal de Suez, o custo do transporte marítimo se elevará, com repercussão imediata na economia global.
Há um otimismo no mercado em relação à boa performance da Bolsa brasileira. Economistas do Banco Santander estão prevendo que a B3 alcançará, até o fim de 2024, os 160 mil pontos; por sua vez, os economistas do Banco of America, cuja sigla é Bofa, são mais comedidos e apostam que a Bolsa brasileira alcançará os 145 mil pontos no fim do próximo ano.
Hoje, terça-feira, será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ela dará a sinalização do que poderá acontecer nas próximas reuniões do Copom, que na quarta-feira da semana passada reduziu a taxa de juros Selic de 12,25% para 11,75%. Como a inflação está em ritmo de queda, o mercado espera que o Copom acelere esse ritmo de 0,50 ponto percentual para 0,75 ponto percentual, e é este sinal que esperam os economistas.