Em mensagem transmitida a esta coluna, a Embraer informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento à empresa para a produção e a exportação de suas aeronaves comerciais.
A operação, da ordem de R$ 2,2 bilhões, será feita por meio do BNDES Exim Pré-embarque, linha de crédito direto do banco para a produção de bens nacionais destinados à exportação.
A operação do BNDES reforça a captação de crédito rotativo anunciado recentemente pela Embraer de US$ 650 milhões com um conjunto de instituições financeiras estrangeiras.
A consumação do financiamento está sujeita, dentre outros, ao cumprimento de condições prévias fixadas pelo BNDES e à assinatura do respectivo contrato.
“As operações de crédito são importantes para a retomada da produção de aeronaves pela Embraer nos patamares pré-pandemia e também reforçam a parceria estratégica do BNDES com a Embraer iniciada em 1997, consolidando o apoio do banco à indústria aeronáutica e à exportação de aeronaves brasileiras”, como disse Bruno Aranha, diretor da instituição financeira”.
“A longevidade da parceria da Embraer com o BNDES ilustra a solidez dessa relação que estimula as exportações do Brasil e beneficia a sociedade como um todo. Em conjunto com outras ações que estamos realizando junto às instituições financeiras brasileiras e internacionais esta operação reforça nossa credibilidade para acesso a recursos financeiros que vão contribuir para a execução do nosso plano de crescimento”, disse Antônio Carlos Garcia, CFO da Embraer.
O setor da aviação é considerado estratégico devido à alta tecnologia envolvida, ao emprego de mão de obra qualificada e à capacidade de gerar inovações com impactos positivos na economia do país, além de ser uma indústria relevante para garantia da soberania nacional por meio dos produtos de defesa. O Brasil é um país que possui capacidade para projetar, fabricar e exportar mundialmente aeronaves comerciais, executivas, agrícolas e de defesa.
Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 25 bilhões em exportações de suas aeronaves, viabilizando a exportação de mais de 1.275 unidades para companhias aéreas ao redor do mundo. No período, as operações contratadas possibilitaram à fabricante brasileira concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes.