Principal agência de financiamento dos principais setores da economia regional, o Banco do Nordeste (BNB) retomou e mantém há dois anos – sob a liderança do seu presidente, o pernambucano Paulo Câmara – o protagonismo político que havia perdido por várias causas que merecem ser olvidadas. O que importa hoje é celebrar o prestígio e o respeito que o BNB voltou a ter não apenas do setor produtivo que ele incentiva com suas variadas linhas de crédito, mas principalmente da população nordestina, que se orgulha, outra vez, do que é um dos mais valiosos patrimônios desta região.
Pois é o BNB o principal parceiro do Sistema Verdes Mares e da Enel na promoção do “Cresce Ceará”, o evento que, amanhã, sexta-feira, 6, no Gran Marquise, reunirá empresários do agro e da indústria, autoridades do governo estadual – a começar pelo governador Elmano de Freitas, que fará o discurso de abertura – e mais representantes do mundo acadêmico que se informarão sobre como a economia primária cearense saiu do zero para o estágio tecnológico e de inovação em que hoje se encontra e como o setor industrial está preparado para receber mais de R$ 100 bilhões de investimentos em projetos de geração de energias renováveis e de produção do Hidrogênio Verde.
A performance do BNB sob a direção de Paulo Câmara não chega a surpreender, porque, além de sua própria experiência – ele foi secretário de Administração e da Fazenda e governador de Pernambuco – conta com o apoio de um time de diretores e de superintendentes regionais que lhe dão suporte na definição do planejamento e na sua execução.
Esta coluna, por dever de ofício, mantém contato permanente com empresários e executivos de empresas de todas as áreas da atividade econômica do Ceará e deles tem colhido, apenas, opiniões positivas sobre a atuação do BNB. E uma delas é esta: as decisões da atual diretoria do BNB são adotadas mediante estrito critério técnico. Consequência: o banco, há dois anos, tem merecido a atenção especial das severas editorias de economia dos veículos da mídia regional e nacional. Em outras palavras: o banco deixou os espaços marginais e agora ocupa o espaço e o horário nobre dos jornais e emissoras de tevê e rádio. Quem produz e trabalha no Nordeste agradece.
Se alguém tem dúvida sobre o que acima está dito, leia o que vem a seguir:
O BNB encerrou o terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2024 desembolsando uma montanha de dinheiro do tamanho de R$ 42,4 bilhões no acumulado do ano. Isto representou um incremento de 13,6% quando comparado aos nove primeiros meses de 2023. Já o volume de novas contratações alcançou o patamar de R$ 43,9 bilhões, apresentando um crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
As aplicações do BNB têm crescido em todos os setores, inclusive no das energias renováveis. O banco criou e sustenta uma linha especial para o financiamento de projetos de geração solar fotovoltaica, com taxa de juros especiais.
É incentivado por esse financiamento que, no interior do Ceará e, também, em cidades da Região Metropolitana de Fortaleza, proprietários de postos de gasolina, de pequenos comércios e de fazendas agrícolas estão instalando sobre o telhado desses estabelecimentos painéis fotovoltaicos, gerando sua própria energia e reduzindo a conta mensal desse insumo. No Ceará, já foram instalados mais de 20 mil sistemas fotovoltaicos em igual número desses estabelecimentos, e tudo com viés de alta, como informa a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O BNB tem sido, também, parceiro e apoiador de eventos da indústria e do agro em todos os estados de sua área de atuação, de que são exemplo a Pecnordeste e a ExpoCariri, promovidas pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará. Deve ser lembrado que o BNB atua nos 9 estados nordestinos e mais no Norte do Espírito e no Norte de Minas Gerais.
Resumindo: o crescimento da economia nordestina – a do Ceará bem no meio – tem sido fortemente impulsionado pelo BNB, que acaba de garantir R$ 3,6 bilhões para a conclusão de um sonho do Nordeste: a Ferrovia Transnordestina.