No Fortaleza de Vojvoda, a escalação que termina é tão importante quanto a que começa

Com status de titularidade, Calebe e Lucero iniciaram no banco, entraram no 2º tempo e garantiram a vitória sobre o Cruzeiro. Isso ocorreu por estratégia de Vojvoda

O banco de reservas fez a diferença na vitória do Fortaleza por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira (21). O resultado foi construído por dois jogadores que iniciaram na suplência. E isso demonstra, mais uma vez, que para Vojvoda, no Fortaleza, a escalação que termina é tão importante quanto a escalação que começa.

Calebe e Lucero entraram aos 19 minutos e mudaram o jogo. Os dois possuem status de titularidade, mas não iniciaram jogando, enquanto Guilherme (que foi mal) e Yago Pikachu ganharam vaga na onzena inicial.

Decisão contestada por muita gente. Mas muito clara na cabeça de Vojvoda. Para ele, isso não quer dizer que os dois são reservas. Só que o treinador é um estrategista. Quer dizer, sim, que ele não se importa apenas em começar bem o jogo. É importante terminar bem. A cada partida, monta um plano de jogo específico para superar o adversário em questão.

Há jogos em que precisará se defender mais no 1º tempo, resguardando alguns dos melhores jogadores para o 2º tempo, momento que o adversário já estará mais desgastado e irá ceder espaços. Tudo que o Fortaleza gosta. O próprio Vojvoda falou isso.

"O planejamento para a partida era começar com uma força defensiva e comportamentos defensivos com equilíbrio. E explorar as costas dos laterais e da defesa do Cruzeiro. Sabíamos que eles, por jogarem em casa iam propor um jogo de posse de bola. Eles têm essa característica e precisavam ganhar o jogo. Acho que no primeiro tempo tivemos chances e não finalizamos bem. Mas depois conseguimos boas transições", admitiu o treinador.

E deu muito certo. O Fortaleza foi claramente superior no 2º tempo (vale destacar também a entrada de Hércules no intervalo), criou mais oportunidades, esteve mais inteiro fisicamente e poderia ter vencido até por um placar mais elástico. Pois a escalação que terminou, neste caso, foi até melhor do que a que começou.