Fortaleza: reduções salariais geram impacto imediato de aproximadamente R$ 1,5 milhão

A tendência é que outros clubes do futebol brasileiro sigam o mesmo caminho

O Fortaleza foi o primeiro entre os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro a chegar a um acordo individual com atletas para definir como será o pagamento da folha salarial. Diretores e executivos também entraram nesta conta. Com isso, o Tricolor deve ter um impacto imediato de aproximadamente R$ 1,5 milhão logo de cara. Explico:

A folha salarial do Leão do Pici, hoje, é de aproximadamente R$ 3 milhões. Os jogadores abriram mão em definitivo de 10% dos salários do mês de abril, o que equivale a cerca de R$ 300 mil, valor que não sairá dos cofres do clube.

Além disso, também deixarão de receber 25% dos salários referentes ao mês de março (R$ 750 mil) e também outros 15% de abril (R$ 450 mil). Importante: esse total, de aproximadamente R$ 1,2 milhão, será pago quando a crise passar.

Só com estas medidas, evita-se, neste momento, um desembolso imediato de R$ 1,5 milhão.

Diretores e executivos remunerados também abriram mão de 15% em definitivo do mês de abril. Por mês, o total destinado aos dirigentes é de R$ 112 mil por mês. Aqui, uma economia de quase R$ 14 mil.

As medidas são necessárias e mostram que, no Tricolor, há uma noção de que seria necessário que cada uma das partes cedesse um pouco para que ninguém ficasse totalmente no prejuízo.

"Os percentuais que nós chegamos foi discutido caso a caso de tal forma que houvesse uma doação com alguma relevâcia, mas que também não afetasse diretamente o custeio de vida dessas pessoas", disse o presidente Marcelo Paz sobre a iniciativa.

A tendência é que outros clubes do futebol brasileiro sigam o caminho que foi aberto pelo Fortaleza. Se houver diálogo e a mesma convergência de pensamentos que houve no Tricolor, a tendência é de um cenário menos prejudicial para todas as partes.