A diretoria do Ceará busca equilibrar as finanças na temporada de 2021 e tem uma meta importante no orçamento: conseguir R$ 25 milhões em receita com a negociação de atletas. O clube oficializou três vendas no ano vigente e deve anunciar mais saídas do elenco em caso de propostas oficiais.
O processo é fundamental para manter a responsabilidade financeira. O planejamento envolve a comercialização de direitos federativos, como nos casos do zagueiro Thiago Pagnussat (Cerezo Osaka-JAP), do atacante Mateus Gonçalves (Cerro-PAR), além do volante Charles (Midtjylland-DIN).
As saídas renderam cerca de R$ 6 milhões aos cofres alvinegros, em valores não confirmados oficialmente pela gestão. O próximo nome a deixar o Vovô deve ser o atacante Saulo, que tem acordo encaminhado com um time do futebol japonês.
"Historicamente, o Ceará não tinha esse perfil de comprar e vender jogador. Com a atual gestão e a consolidação na Série A, começamos a investir. Esse ano será necessário vender mais porque não tem bilheteria e outras fontes estão em baixa, então a venda é fundamental para conseguir fechar a conta no final do ano”.
Dentro do processo de mapeamento do mercado, as contratações realizadas pelo departamento de futebol no início do ano, além das renovações, foram projetadas visando o retorno técnico e econômico. A gestão possui nomes considerados potenciais para o exterior.
A lista atual é composta pelo volante Fernando Sobral, os meias Lima e Vina, e o atacante Cléber. O grupo sempre é alvo de sondagens e, em caso de proposta recebida, será avaliada pela gestão.
Vale ressaltar que as finanças são prioridade, mas a manutenção do nível do plantel também. Com o objetivo de se classificar para um torneio internacional, a diretoria mantém contato com o treinador Guto Ferreira e debate soluções. O cuidado do lado financeiro tornou o Ceará o clube do Nordeste mais atrativo para investidores, segundo levantamento do Ondina Investimentos.