Volume de atividades turísticas no Ceará despenca 38,5% em fevereiro

Setor volta a retrair com segunda onda de contaminação do novo coronavírus. Em comparação a janeiro, queda foi de 3,2%

Com a segunda onda de contaminação e o retorno das medidas restritivas no Estado, o volume de atividades turísticas despencou 38,5% em fevereiro em comparação a igual mês de 2020, quando ainda não havia sido registrado o primeiro caso de Covid-19 no Ceará. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a 12º queda consecutiva.

Esta foi a segunda maior queda do País, perdendo apenas para São Paulo, cujas atividades reduziram 39,3% no mês. Todos os demais estados levados em consideração no levantamento também registraram quedas, sendo a menor delas em Goiás (-14,3%).

O pior momento da pandemia para o turismo cearense foi registrado em maio de 2020, quando as atividades apresentaram um tombo de 75,2%.

Na comparação entre fevereiro e janeiro deste ano, as perdas foram atenuadas para uma retração de 3,2%, após uma leve alta de 1,6% em janeiro.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2020, o recuo do setor é da ordem de 33%, novamente o segundo pior resultado do País, segundo o IBGE. O primeiro lugar fica com São Paulo (-38,5%). 

Já o resultado dos últimos 12 meses indica queda de 46,9% no Ceará, a terceira maior, atrás do Distrito Federal (-47,6%) e do Rio Grande do Sul (-48%).

Sofrendo com o cenário de pandemia, as receitas do setor retraíram 38,1% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2020.

Setor sofre queda geral

Ainda conforme o IBGE, o volume de serviços em geral prestados no Estado caiu 8,6% em fevereiro ante igual mês do ano passado. Este é o 13º mês de queda consecutiva.

Os serviços prestados às famílias puxam o recuo, com redução de 40% no volume das atividades, seguido pela categoria de outros serviços (-19,6%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-10,5%).

Os únicos segmentos a conseguir resultados positivos foram serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%) e serviços de informação e comunicação (1,3%)