Brasília/São Paulo. Para atender à bancada feminina na Câmara, o relatório final da reforma da Previdência deve trazer mais uma mudança: a redução do tempo mínimo de contribuição para as mulheres. A informação, segundo a agência de notícias Reuters, foi confirmada por uma fonte do Palácio do Planalto. Pela proposta original do governo, homens e mulheres terão de contribuir pelo menos 25 anos para ter direito à aposentadoria. A negociação gira em reduzir esse prazo para 23 anos no caso das mulheres.
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O presidente Michel Temer (PMDB) admitiu ontem a possibilidade de as mulheres se aposentarem com tempo mínimo de contribuição menor do que o dos homens com as mudanças na reforma da Previdência negociadas pelo Executivo com o Congresso. "Não é improvável", disse Temer em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do jornal SBT Brasil.
A bancada pressionava o relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) para manter a atual diferença na idade mínima de aposentadoria entre homens e mulheres.
A possibilidade de diminuir o tempo de contribuição para a aposentadoria é a alternativa que está sendo estudada para contentar as parlamentares.
Reunião
Ontem (17) à noite, o presidente Michel Temer e ministros se reuniram com deputadas da bancada feminina da base aliada. Segundo uma fonte do Planalto, na reunião que o presidente teve no domingo à noite com líderes e ministros ficou acertado que o relatório não vai alterar a idade mínima de aposentadoria das mulheres. No entanto, a definição em relação à idade mínima será feita em plenário.
De acordo com uma fonte que participa das negociações em torno do texto da reforma da Previdência, a bancada feminina deve apresentar uma emenda no Plenário, alterando a idade mínima das mulheres de 65 para 62. Segundo essa mesma fonte, a base aliada já teria se comprometido a aprovar a emenda.