Hurb solicita mais 72h para provar que tem condições de garantir pacotes turísticos

O empreendimento passa por uma crise e conta com milhares de reclamações por não cumprimento de viagens

O antigo Hotel Urbano, agora conhecido como Hurb, pediu mais 72h à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para prestar informações e provar que dispõe de recursos para garantir a execução de pacotes turísticos à venda. O empreendimento enfrenta uma crise financeira e só em 2023 já foi alvo de 7.737 queixas de consumidores que se sentiram lesados. 

O prazo da Hurb para comprovar aporte financeiro encerraria à meia-noite desta quinta-feira. A Senacon aceitou o novo pedido de prazo, mas informou que, desta vez, não haverá prorrogação. As informações são do O Globo

Em caso de não comprovação de recursos, o Hurb poderá ter a comercialização de viagens suspensa. A Secretaria do Ministério da Justiça já havia aberto um processo administrativo com poder de sanções em 24 de abril. 

A queixa era de desrespeito aos direitos dos consumidores que compraram viagens e enfrentaram problemas para viajar e receber reembolso. Há um prazo de 20 dias em curso para esse processo. 

Reclamações

A maioria das reclamações contra o Hurb é de publicidade e venda enganosa, por não cumprimento de ofertas e não fornecimento de serviços. Em 2022, um total de 12.764 acionamentos foram feitos contra a empresa. 

Por nota, o Hurb informou "não comentar processos e/ou ações em andamento" e pontua que "sempre prezou pela escuta ativa e cuidado com os consumidores".

No dia 24 de abril, João Ricardo Mendes, CEO da Hurb, renunciou ao cargo, logo após xingar e ameaçar consumidores da antiga Hotel Urbano nas redes sociais. A crise se fortaleceu em meio às exposições de que passagens compradas não estariam sendo emitidas.