A Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL) está trabalhando em uma plataforma online de compra e venda de produtos para apoiar o varejo estadual durante o período de combate ao coronavírus. A informação foi confirmada pelo presidente da FCDL, Freitas Cordeiro, nesta quarta-feira (15).
A plataforma, que deverá ser chamada de Lojas Aqui e ainda passará por uma fase de testes na próxima quinta-feira (16). Seis empresas associadas à FCDL, de setores diferentes do comércio, deverão realizar os testes e participar da fase de aprovação.
A Federação deverá criar três categorias para que as empresas possam entrar no projeto e divulgar os produtos pela internet. A primeira categoria dará direito à entrada gratuita, mas exposição de apenas 3 produtos, com fotos. A segunda, ampliará a divulgação para 30 produtos e ter a capacidade de anunciar na plataforma, mas com uma taxa a ser paga. Com um valor maior, as empresas poderão acessar a plataforma de forma completa, com serviço de e-commerce.
As formas de pagamento e valores de assinatura ainda não foram divulgados pela FCDL. Freitas Cordeiro, contudo, destacou que não há intenção de lucrar com o projeto. O objetivo é fornecer suporte às empresas de comércio durante a pandemia de coronavírus.
"Tenho dito que o momento é de planejar o e-commerce, que, hoje, é uma necessidade. É o único remédio que existe. A FCDL tem um papel importante de oferecer um produto barato porque não tem intenções de lucro, e a plataforma não vai ficar fechada. Vamos abrir para todo o Estado. Isso vai de imediato salvar? Não, mas é uma ajuda. é uma possibilidade de enfrentarmos a crise", disse Freitas.
Demandas ao Governo
O presidente da FCDL também comentou as demandas do setor do comércio ao Governo do Estado. As medidas incluem a suspensão da cobrança de tributos cobradas às empresas, como Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos automotores (IPVA), durante o período da crise do coronavírus.
Com o fim da crise, as empresas teriam 30 dias para fazer o cálculo dos impostos a pagar durante o período e teriam até 120 meses para quitar a dívida, com a primeira parcela sendo paga em até 90 dias.
Ele, contudo, disse que o Governo do Estado não tem ouvido essas demandas da FCDL por enquanto.
"Estamos buscando para que o Estado busque a atenção às empresas de pequeno e médio porte para que todas os tributos a partir de março não saiam da linha e recebem um tratamento especial. quando as empresas estiverem operando na normalidade", disse Cordeiro.