Sozinho, o Ceará foi responsável por 57% da produção de camarão do Brasil. Ao todo, foram 72,7 mil toneladas do pescado criado em cativeiro em 2023, uma alta de 19,6% em relação ao ano anterior, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor de produção da carcinicultura cearense foi de R$ 1,3 bilhão, totalizando crescimento de 25%. A maioria dos camarões saiu de Aracati e Jaguaruana, os dois maiores produtores do Estado e do País.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, a produção poderia ser significativamente maior caso o Estado retomasse as exportações para o Exterior.
“Já conversamos com o vice-presidente Geraldo Alckmin (também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) para resgatar as exportações para a Europa, começando a partir do Reino Unido”, explica.
O mercado europeu encontra-se fechado para os camarões brasileiros desde 2018, após a identificação de inconformidades em um navio proveniente de outro estado.
Segundo Silveira, um representante do Reino Unido já esteve no Brasil, neste ano, para realizar a inspeção das mercadorias locais. Além disso, destacou, o setor está empenhado em simplificar o processo de licenças ambientais, com o objetivo de alavancar a produção.
Aracati e Jaguaruana se destacam em todo o País
Aracati, que com produção de 13,8 mil toneladas, é origem de 10,8% da produção nacional e 18,9% da produção estadual.
Na sequência, aparecem Jaguaruana (2ª posição nacional), depois Acaraú (4ª posição nacional) e Russas (5ª posição nacional), com participação de 7,8%, 5,1% e 4,5%, respectivamente, no País.