O presidente Jair Bolsonaro criticou a paridade no preço do petróleo e disse que o governo tem uma reunião nesta segunda-feira (7) para discutir medidas para que a Petrobras não repasse toda a alta dos combustíveis para o consumidor.
Bolsonaro deu uma entrevista para a rádio Folha, de Roraima, e disse que a questão do petróleo é "grave", mas pode ser resolvida. Bolsonaro também disse que erro está na legislação.
"Tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado, e está sendo tratado hoje à tarde em mais uma reunião", afirmou o chefe de estado.
O presidente defendeu que toda alta do preço do barril de petróleo não seja repassada ao consumidor. "Se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível você fazer. A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil", disse.
O que é paridade no preço do petróleo?
A paridade no preço do petróleo significa que a Petrobras paga pelo produto o preço cobrado no mercado internacional e que repassa eventuais altas para refinarias, o que faz o aumentar o preço para o consumidor final.
Guerra no leste europeu afeta preço do combustível
O Brasil já vinha enfrentando, nos últimos meses, uma forte alta nos combustíveis. Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a situação tende a piorar, já que a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
O preço do barril de petróleo do tipo Brent, referência internacional, saltou 18% e chegou a ultrapassar US$ 139 no início desta segunda, atingindo seu nível mais alto desde 2008, muito perto do recorde absoluto de US$ 147,50 de julho de 2008.