Concedidos à iniciativa privada, agora os espigões das avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira poderão ser economicamente explorados pelas empresas Beach Park Hotéis e Turismo S/A e Píer Ideal Entretenimentos. Ambas formam consórcio vencedor da licitação de R$ 5,9 milhões para a gestão dos equipamentos de Fortaleza.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município, no último dia 25. Conforme o texto, além de ter direito ao uso comercial da área, os negócios serão responsáveis pela administração, operação e pela manutenção de empreendimentos de entretenimento nos espigões.
O prazo do contrato é de 16 anos. Com a exploração da região, a Prefeitura de Fortaleza estima investimentos de R$ 29,5 milhões. O contrato deve ser assinado até o fim de julho.
Batizado de Píer Beira-Mar, o consórcio foi único concorrente da licitação.
Empresas têm expertise no setor
O Beach Park já tem forte atuação no Ceará, incluindo parque aquático, resorts e hotéis. Já a Píer Ideal Entretenimentos teve o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) criado em abril deste ano.
No documento, a companhia diz atuar com gestão e administração de propriedades imobiliárias, aluguéis de imóveis e de equipamentos para e eventos, entre outras atividades.
Contudo, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), Rodrigo Nogueira, a empresa também pertence ao Grupo Social Clube, dono dos restaurantes Santa Grelha, Ryori, Super Grill e La Pasta Gialla.
Veja como os espigões devem ficar
O Diário do Nordeste teve acesso aos projetos apresentados. Nas imagens, é possível ver um elevador e um carrossel.
Acesso aos espigões continuará gratuito, frisa secretário
O secretário Rodrigo Nogueira destaca sobre o acesso gratuitos aos espigões. “É importante lembrar que a população poderá continuar usando os equipamentos sem pagar nada ou ter qualquer tipo de bloqueio”, enfatiza.
Outro ponto, afirmou, é que as obras foram projetadas para não gerar impactos ambientais, sem qualquer interferência no mar.
Em 2020, a Prefeitura havia lançado um edital de licitação para os espigões, atraindo o interesse de pelo menos três empresas. Todavia, o certame foi suspenso em razão da pandemia de Covid-19.
Ao retomá-lo, foi necessário atualizar os estudos de viabilidade econômica, passando da outorga de R$ 4,1 milhões para os atuais R$ 5,9 milhões.
Área concedida
A área a ser concedida abrange os 3.876,00 m² do espigão da Avenida Rui Barbosa, que possui 270 metros de comprimento. Já o equipamento da Avenida Desembargador Moreira tem 245 metros de comprimento e 4.658,00 m².
Conforme a gestão, o objetivo da concessão é melhorar a infraestrutura com investimentos privados e aquecer a economia no entorno.