Entidades que representam academias de ginásticas cobram uma explicação sobre a exclusão do setor no plano de retomada das atividades econômicas. Para tentar reverter a decisão, eles esperam uma reunião para negociar com o Governo ainda nesta segunda-feira (12).
Os estabelecimentos permanecem fechados, pelo menos, até o próximo dia 18 de abril. Na manhã deste domingo (11), a categoria se reuniu na Praça da Imprensa, em Fortaleza, para protestar contra as medidas, mas o ato, que descumpre o que está previsto no decreto de isolamento social rígido, foi impedido pela Polícia.
>Saiba o que vai abrir em Fortaleza a partir de segunda-feira (12)
De acordo com a presidente Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região (CREF5-CE), Andréa Benevides, o secretário executivo de Planejamento e Orçamento (Seplag), Flávio Ataliba, se comprometeu a articular um encontro com o governador Camilo Santana (PT) a partir de segunda-feira (12). Não dá, todavia, data confirmada para a reunião.
Além da CREF5-CE e representantes das assessorias esportivas, estiveram presentes, no ato, os sindicatos das Empresas de Condicionamento Físico do Estado do Ceará (Sindfit), dos Profissionais de Educação Física do Ceará (Sinpef) e a Associação Cearense de Personal Trainers (Acept).
Plano de reabertura proposto pelo setor
O plano de reabertura apresentado pelo setor inclui retomada em três fases, começando com 30% do número de clientes e respeitando os horários previstos no toque de recolher. As segundas e terceiras fases ampliariam a capacidade de público para 50% e 70%, respectivamente.
Para Andréa, não há justificativa para o setor ficar de fora do cronograma a ser inciado nesta segunda-feira (12).
“Faz mais de um mês que fomos convocados para argumentar isso junto ao Governo, inclusive com a Vigilância Sanitária. Ficou definido que seria criado um selo de segurança para garantir que os estabelecimentos estavam cumprindo as regras e estavam aptos a funcionar”, aponta.
“E, de repente, fomos surpreendidos com o fechamento do setor. Queremos entender porque não fomos contemplados mesmo após todos os nossos esforços. Além disso, entender porque os profissionais de Educação Física ainda são considerados com trabalhadores que atuam em atividades de lazer e não de saúde”, complementou.
Setor quer medidas econômicas para aliviar os efeitos da pandemia
Além da reabertura e vacinação de educadores físicos, outra reivindicação do setor são medidas como a prorrogação das contas de água e luz dos estabelecimentos. Auxílio semelhante ao concedido aos bares e restaurantes. Segundo Andréa, pelo menos 30 academias fecharam, o que representa 570 dos 1.900 empreendimentos abertos antes da pandemia.