Após visitar cidades brasileiras e europeias, a exposição "Arte Moderna na Coleção Fundação Edson Queiroz" foi inaugurada, ontem, no Espaço Cultural Unifor. O acervo é composto por 77 obras de artistas brasileiros e radicados no Brasil durante o Século XX.
Com visitação gratuita e aberta ao público, a mostra seguirá em cartaz até o dia 11 de agosto deste ano.
O acervo foi constituído ao longo de 30 anos pela Fundação Edson Queiroz e representa uma das coleções de arte mais robustas no Brasil.
A presidente da Fundação Edson Queiroz, Lenise Queiroz, e o Chanceler da Universidade de Fortaleza, Edson Queiroz Neto, estiveram na solenidade de abertura, que contou também com a presença do prefeito Roberto Cláudio.
O vice-reitor da Unifor, Randal Pompeu, pontuou sobre a contribuição da exposição para a sociedade.
"É tornar o cidadão mais sensível por meio do conhecimento da arte. Essa exposição está dentro de uma Universidade que tem a característica de fazer com que a arte e a cultura façam parte da vida das pessoas".
Artistas
Entre os nomes de destaque estão Anita Malfatti, Antonio Bandeira, Alfredo Volpi, Iberê Camargo, Lygia Clark, Sérvulo Esmeraldo, Tomie Ohtake e Victor Brecheret.
Uma das obras em evidência da exposição é a pintura "Figura sentada entre flores", do pintor lituano Lasar Segall. Radicado no Brasil, ele pintou diversos retratos da elite brasileira e acredita-se que a mulher que estampa a obra faz parte desse grupo social. "Quem visita uma exposição dessa, vai ver qual é a nossa tradição no Século XX. É uma oportunidade de mergulhar nessa história", afirmou a curadora da exposição, Regina Teixeira de Barros.
Obras
Os trabalhos expostos foram criados a partir da década de 1920, tida como os anos heroicos do Modernismo brasileiro. O ápice dessa época foi a Semana de Arte Moderna de 1922, promovida por artistas no Teatro Municipal de São Paulo.
O foco criativo dessa época era revelar a modernização da linguagem além de trabalhar imagens que se debruçassem sobre a brasilidade.
Nas duas décadas seguintes, 1930 e 1940, o movimento foi marcado pela acomodação das linguagens modernistas e o surgimento de artistas que serviriam de referência para as próximas gerações.
A mostra abrange a efervescência artística produzida até a década de 1960, quando os intelectuais perceberam a tela como um espaço para experimentações para materiais diversos, pensamento que se multiplicaria nas décadas seguintes.
O acervo apresenta obras brasileiras entre as décadas de 1920 e 1960. Nomes de artistas como Anitta Malfatti, Lygia Clark, Victor Brecheret, Sérvulo Esmeraldo e Lasar Segall estão representados na mostra