Motociclistas e pedestres são foco de nova campanha de segurança viária de Fortaleza

Objetivo é conscientizar condutores a respeitarem os limites de velocidade nas vias, evitando, assim, atropelamentos

Eles são os que mais morrem no trânsito de Fortaleza. Ao mesmo tempo, são os maiores responsáveis por atropelamentos na cidade. Por isso, motociclistas e pedestres - aliados ao excesso de velocidade - são o foco principal da nova campanha de segurança viária da prefeitura de Fortaleza, lançada nesta quinta-feira (5), no Paço Municipal. 

Com o mote "No trânsito, não há segunda chance", a campanha tem como ideia incentivar um comportamento mais prudente na condução dos veículos, sendo vinculada em emissoras de TV, rádio, jornal impresso e redes sociais.

Na Capital, um em cada três motociclistas desrespeita os limites de velocidade, segundo pesquisa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). Nesse contexto, aliado à campanha, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) dará continuidade ao programa de readequação de velocidade de 60 para 50 km/ h nas vias aonde historicamente mais são registrados acidentes, principalmente, atropelamentos.

Segundo destaca o superintendente da AMC, Arcelino Lima, as avenidas Coronel Carvalho, Augusto dos Anjos e José Bastos devem passar pela alteração no primeiro trimestre de 2020. "A Augusto dos Anjos, inclusive, a gente já começa a mudança a partir de amanhã, com a colocação de alguns semáforos. A gente faz a mudança da sinalização e dá um período para as pessoas se acostumarem", afirma.

Segundo destaca, a fiscalização nas vias com a velocidade alterada não é realizada de imediato. "A simples readequação e a colocação das placas com uma campanha desse porte a gente tem obtido resultados positivos. Se houver ainda a insistência e a gente não perceber essa mudança repentina de comportamento aí vamos pensar em algum tipo de fiscalização", afirma.

Resultados

Dados da AMC mostram o impacto da medida em vias que já tiveram a velocidade readequada, como a Avenida Leste-Oeste, onde o número de atropelamentos caiu 63% e o de acidentes com vítimas 31,5% após a mudança. Na Avenida Osório de Paiva, a redução foi de 28% e 32%, respectivamente. 

Aliado ao aspecto educacional, a redução de mortes no trânsito da Capital- de 40% entre os anos de 2014 e 2018 - é resultado de um conjunto de ações, segundo destaca o secretário executivo de conservação e serviços públicos, Luis Alberto Saboia. "É preciso ações de engenharia de tráfego, de desenho urbano, de infraestrutura, de operação e de fiscalização. Todas elas se complementam e aqui em Fortaleza fizemos todas", afirma.