O número de casos de Covid-19 no Ceará ultrapassou a barreira dos 38 mil e alcançou 126 mortes confirmadas nas últimas 24 horas, totalizando 2.859. Os dados são da plataforma IntegraSUS, atualizada às 17h53 desta sexta-feira (29). Ao todo, são 38.395 infectados. Apesar de contabilizadas agora, os óbitos podem ter ocorrido em outras datas, em razão dos resultados dos testes para detectar a presença do novo coronavírus.
A taxa de letalidade da doença na região é de 7,4%. Ainda são investigados 46.727 possíveis casos e 873 óbitos suspeitos da doença. O número de exames aplicados é de 93.466.
O epicentro de contágio é Fortaleza, com 21.705 testes positivos e 1.877 mortes. Na sequência, as cidades com alto contágio são Caucaia (1.304), na Região Metropolitana, e Sobral (1.195), com destaque negativo no interior.
O índice de recuperados é 25.858, segundo a Secretaria de Saúde (Sesa). A taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está em 87,68% no Ceará.
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Retorno das atividades econômicas
Com o plano de retorno das atividades econômicas no Ceará, apresentado pelo Governador Camilo Santana, a expectativa é de que o estado apresente até 80% da economia ativa a partir do 1° de junho, segundo o secretário executivo de planejamento do governo estadual, Flávio Ataliba. No projeto, foram considerados aspectos de risco sanitário (para controlar a propagação do coronavírus) e indicadores de impactos econômicos.
Os cálculos levam em consideração que 66.975 mil empregos deverão ser reativados nessa fase transição, iniciada no próximo dia 1º de junho. De acordo com o governador, 17 setores serão contemplados durante a etapa de testes no Ceará. As diretrizes estabelecidas apontam o retorno das atividades empresariais que vão desde 0,6% a 100% para determinadas cadeias produtivas.
Ataliba, que coordenou a área técnica do projeto, acredita que a projeção de bons resultados com o plano de retomada da economia é real, considerando que a fase de transição já deverá liberar 11,5% das cadeias produtivas.
"A perspectiva é a melhor possível, porque a consciência da população é de que teremos de ter todos os cuidados, pois estamos em outra realidade. E os empresários precisam reconhecer que é importante evitar a exposição do funcionário e do cliente. E isso faz com o decreto possa funcionar muito bem", disse.
Confira a lista de atividades e os percentuais de liberação desta fase de transição:
- Indústria química e correlatos (30%)
Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel
- Artigos de couros e calçados (17,9%)
Fabricação de calçados e produtos de couro
- Indústria metamecânica e afins (28,7%)
Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda
- Saneamento e reciclagem (30%)
Recuperação de materiais
- Energia (20%)
Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores
- Cadeia da construção civil (31%)
Construção de edifícios até 100 operários obra, cadeia produtiva com 30%
- Têxteis e roupas (12,4%)
Indústria têxtil, confecções e de redes
- Comunicação, publicidade e editoração (10,2%)
Impressão de livros, material publicitário, e serviços de acabamento gráfico
- Indústria e serviços de apoio (0,8%)
Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial. Cabeleireiros, manicures e barbearias
- Artigos do lar (16,9%)
Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos
- Agropecuária (12,4%)
Obras de irrigação
- Móveis e madeira (7,9%)
Fabricação de móveis e produtos de madeira
- Tecnologia da informação (0,6%)
Fabricação de equipamentos de informática
- Logística e transporte (10,8%)
Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e manutenção de bicicletas
- Automotiva (1,9%)
Indústria de veículos, de transporte e peças
- Cadeia da saúde (100%)
Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional
- Esporte, cultura e lazer (8,1%)
Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense