Grupos de risco devem ficar em casa mesmo com retomada econômica, alerta governo

Fase de transição do plano de retomada das atividades econômicas terá início na segunda-feira (1º)

Escrito por Redação ,

O secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista, afirmou na manhã desta sexta-feira (29), que os grupos de risco devem seguir em casa, mesmo com o início da retomada das atividades econômicas prevista para iniciar na próxima segunda-feira (1°). O plano foi anunciado nesta quinta-feira (28) pelo governador Camilo Santana e representa uma flexibilização das ações de combate à epidemia do novo conoravírus.

“Os grupos de risco devem continuar em casa. A gente tem que ter uma prioridade para cuidar das vidas das pessoas", disse. Esses grupos envolvem idosos, diabéticos e hipertensos. "Essas pessoas precisam ter um cuidado maior e a gente tem que proteger. Quando eu falo a gente é a família, é a empresa que contrata essas pessoas", destaca Batista.

O secretário destaca ainda que "as empresas que puderem devem continuar a utilizar o home office. Ou seja, o trabalho das pessoas em casa. Todas as empresas que puderem continuar fazendo isso é super importante que continue”, afirmou em entrevista para a TV Verdes Mares.

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Sobre o funcionamento dos serviços públicos como Detran, Vapt-Vupt, dentre outros, o secretário disse que esses órgãos neste primeiro momento não devem abrir para atendimento. Élcio Batista aconselha o cidadão a solicitar serviços por meio de agendamento. 

“Nós estamos buscando o máximo possível, no setor público, fazer [serviços] por agendamento. Vamos tentar o máximo possível que essa ação do agendamento ocorra. Isso vale também para o setor privado”, aconselhou.

Questionado se as lojas do Centro de Fortaleza vão poder abrir já na próxima semana, Élcio Batista, disse que estabelecimentos que vendem calçados vão poder retomar os trabalhos, o que está previsto na primeira fase da retomada. 

"Na fase 1 você vai ter lá as atividades relacionadas a calçados. Neste momento, as lojas que vendem tênis, calçados, sapatos, vão poder abrir. Ao abrirem, isso vai poder ser feito tanto no Centro de Fortaleza quanto nos shoppings de Fortaleza e do Estado, dependendo, é claro, sempre da condição de expansão do coronavírus entre as regiões do Estado”. 

Detalhes da Fiscalização

A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) realiza reunião nesta sexta-feira com cadeias produtivas para debater os últimos detalhes dos protocolos de segurança durante pandemia de Covid-19. A base do documento estadual, que compõe o processo de retomada gradual da economia, foi divulgada ontem e disponibilizada às empresas com ações gerais e também específicas para 11 segmentos.

O encontro ocorre três dias antes do início da fase de transição do plano do Governo do Estado - com flexibilização de operação das atividades de 17 setores mesmo diante do decreto de isolamento social. O titular da Pasta, Dr. Cabeto, revelou a ação integrada com as alas econômicas para diminuir os riscos de proliferação do novo coronavírus entre os colabores.

"Estamos colocando o setor epidemiológico e sanitário para trabalhar em conjunto (com as empresas) e temos a reunião final de organização desses protocolos, para definir qual será a nossa parte no trabalho e como vamos monitorar. Nosso setor vai visitar todas as unidades e, na nossa testagem, do mesmo jeito que é no município, vamos escolher dentro das empresas alguns representantes, pessoas, para ter base estatística adequada", detalha.

A autorização para funcionamento dos respectivos segmentos depende do cumprimento de uma série de fatores rigorosos de segurança junto aos funcionários. Medidas como uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), máscaras e higienização dos ambientes são obrigatórias.

"É um momento para organizar. Não se trata de uma flexibilização imediata, o decreto será reeditado no fim de semana. O que se trata é de um processo de transição da segunda até o dia 8. O isolamento social terá ações menos restritivas, mas as proibições de ocupação de espaço público e aglomerações seguem", finaliza Dr. Cabeto.

A etapa de transição tem duração de sete dias e serve para análise de três fatores: ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), número de casos confirmados do novo coronavírus e índice de óbitos. Caso ambos apresentem tendência decrescente, o Estado avança de fase e libera o funcionamento de mais cadeias produtivas.

Ao todo, serão quatro fases, cada uma com duas semanas de duração. Se os critérios não estiveram em declínio, o momento é mantido ou retrocede, interrompendo a flexibilização do isolamento.

 

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