A Unimed anunciou, nessa terça-feira (18), a suspensão de cirurgias eletivas até o próximo dia 1º de fevereiro. A medida válida por 15 dias foi motivada pela alta de casos de Covid-19 e do vírus da Influenza H3N2.
Há exceção para os pacientes com procedimentos já agendados. Aqueles confirmados até o dia 23 de janeiro estão mantidos.
No entanto, as cirurgias marcadas a partir do dia 24 de janeiro estão suspensas e serão reagendadas "após o restabelecimento da rotina cirúrgica".
Durante o período em que a decisão estiver em vigor, apenas cirurgias de urgência, oncológicas, cardiológicas e neurológicas serão agendadas.
"Esta medida visa tanto a garantia de leitos para pacientes em tratamento hospitalar acometidos pelo novo coronavírus, quanto à segurança dos nossos clientes e Médicos Cooperados em diminuir contato com ambientes sob risco de contaminação", justificou a cooperativa.
A companhia ponderou ainda que seguirá analisando a tendência da curva epidemiológica para "traçar a estratégia mais apropriada para o retorno seguro dos procedimentos eletivos".
Internações
Na última segunda-feira (17), o presidente da Unimed, Elias Bezerra Leite, divulgou o "aumento acentuado" de internações na rede no fim de semana. O número de pacientes com Covid-19 em atendimento na Capital passou de 98, na sexta-feira (14), para 150 naquele dia. Infectados em tratamento na UTI passaram de 25 para 36, e aqueles com demanda de ventilação mecânica de 11 para 23.
"Outro número assustador é nós chegamos a ter essa semana, em um dia, 80% de positividade dos exames realizados para Covid. A gente nunca tinha chegado nesse número. Hoje, estamos com um número também muito alto: 65% de positividade, ou seja, para cada 100 exames feitos, 65 positivos para Covid", alertou o médico.