Gretchen estudou leis antes de ir para o Catar: 'não tive medo nenhum de ser presa'

Cantora está usando trajes mais comportados e combinou com o marido de não demonstrar carinho publicamente

No Catar para acompanhar a Copa do Mundo 2022, Gretchen, de 63 anos, chegou a estudar a legislação local para evitar problemas no país, conhecido por possuir leis homofóbicas e de violação de direitos humanos. Em entrevista à revista Quem, ela disse, inclusive, ter recebido o incentivo do filho trans, Thammy Miranda, para aceitar o trabalho.

Convidada para cobrir o Mundial para a página Choquei, a cantora - conhecida por sua irreverência e sensualidade - se viu obrigada a usar trajes mais comportados diante das rígidas leis locais. 

"Está sendo uma experiência única. Vim pelo nosso patrocinador, que nos convidou juntamente com o perfil do Instagram Choquei para vir. Eles me chamaram para ser correspondente oficial deles na Copa do Mundo e fizeram o convite. Eu achei incrível. Gosto de esporte. Principalmente de ginástica olímpica, mas não costumo acompanhar futebol", disse ela à revista. 

A cantora, que está acompanhada do marido no país, disse que não teve medo de ser presa por desobedecer alguma regra do país sem saber. Segundo Gretchen, ela se preparou antes da viagem. 

"Estudei as leis deles. E, além disso, procurei trazer somente roupas lícitas na cultura deles. Não tive medo nenhum de ser presa. É muito tranquilo. Me adaptei desde o momento em que cheguei. Em nenhum momento me preocupei em ser presa, porque já sabia de todos os costumes como, por exemplo, não ter atitudes de carinho publicamente como abraços e beijos. Foi tudo combinado por nós dois, eu e Esdras", falou. 

Boicote de artistas

O mundial tem sido alvo de críticas e boicotes por alguns artistas defensores da comunidade LGBTQIAP+, em razão de o Catar considerar a homossexualidade como ilegal. Gretchen, no entanto, revela que esse fator não foi determinante para sua decisão de ir ao país. 

"Isso não pesou porque eu vim, além de trabalhar, conhecer essa cultura. Sei que existe essa opressão, com mulheres e LGBTQIAP+, porém eu não estou em um hotel. Até porque, se estivesse, não teria ficado de biquíni. Estamos hospedados em uma mansão. Os casais em uma casa e os solteiros em outra. E a piscina é privativa", justificou a cantora. 

A mãe de Thammy disse ainda que recebeu o apoio do primogênito para a viagem. "Você é uma mulher forte, empoderada e dona de si. Não existe país preconceituoso que resista. Então, vá tranquila, porque você sempre soube se portar em qualquer lugar que vai. E curta muito", desejou Thammy à mãe ao saber da oportunidade de trabalho dela.