Ministra do Esporte avalia uso do CFO e campanha do Brasil por Copa: 'Fortaleza está no jogo'

Autoridades marcaram presença no lançamento da Taça das Favelas 2023

Ministra do Esporte, Ana Moser ressaltou o desejo do Brasil em sediar a Copa do Mundo de futebol feminino de 2027 e a possível participação de Fortaleza como cidade-sede. Ao lado do Governador do Ceará, Elmano de Freitas, ela também citou a importância do Centro de Formação Olímpica (CFO) para o desenvolvimento das modalidades de alto rendimento. Os dois participaram do lançamento da Taça das Favelas nesta quinta-feira (27), em Fortaleza. 

“O CFO faz parte de uma rede de treinamento. Existem equipamentos que foram construídos pelas gestões anteriores, Lula e Dilma, e foram construídos muitos equipamentos pelo Brasil inteiro. A visão do ministério é integrar tudo numa rede de treinamentos. São equipamentos do Estado e dos municípios, mas que integram essa política de esporte de alto rendimento. Os recursos do ministério são escassos e restritos, mas nós precisamos ser criativos e combinar recursos para melhorar a estrutura do esporte no país”, ressaltou a ministra.

“Devemos ter desenvolvimento de esportes de alta competição, por isso nossa mente vai estar lá no Centro de Formação Olímpica (CFO). Que eu considero que foi pensado para ser um equipamento do Ceará, mas para o Norte-Nordeste. Assim queremos que ele possa recuperar essa missão original dele. Para que a gente possa descobrir talentos na área olímpica no norte e nordeste termos um centro capaz de fazer essas pessoas evoluir no seu esporte”, completou o governador. 

A vice-governadora Jade Romero, o presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão, e Rogério Pinheiro, secretário de Esporte Juventude, além de Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas (CUFA) também estiveram presentes.

COPA DO MUNDO FEMININA NO BRASIL 

Ana Moser falou ainda sobre a possibilidade do Brasil receber a Copa do Mundo Feminina de 2027. Além do apoio do presidente Lula, a CBF lançou oficialmente a candidatura para sediar o evento e contou também com o apoio da Conmebol. A Secretaria de Esporte (Sesporte) já havia manifestado interesse em receber partidas da competição na Arena Castelão.

“O Brasil, no caso da Copa do Mundo, tem uma grande vantagem, foram 12 sedes construídas para a Copa de 2014, que são possíveis de serem sedes agora. Mas Fortaleza está no jogo”, pontuou a ministra. 

Ex-atleta de vôlei, uma das maiores do esporte no Brasil, a ministra tem se dedicado a democratizar cada vez mais o acesso às práticas esportivas pelo país. Outro ponto trabalhado é o apoio ao futebol feminino. 

“São competições que faltam. O futebol feminino é cheio de lacunas. O calendário, a iniciação esportiva, métodos do futebol feminino, presença de mulheres na gestão, como técnicas. Esse planejamento está sendo feito. E vamos aprender bastante com a Taça das Favelas”, pontuou.

“Vamos conversar como podemos trabalhar junto para alinhar cada vez mais essas frentes do esporte e através das outras secretarias e de outras políticas de atendimento à população para nos ajudar a construir essa política nacional de ocupação dos territórios com esporte. Reconhecer o que tem, o que falta e estabelecer os pactos intersetoriais para avançar. É isso que estamos fazendo hoje aqui. Construindo junto com quem tá na ponta, fazendo na prática para que possamos fazer os projetos pilotos nesse primeiro ano e levar para o Brasil inteiro a partir do ano 2 dessa gestão.”

A Taça das Favelas de 2023 reúne cerca de oito mil crianças e jovens nos times femininos e masculinos. Fortaleza, Crateús, Sobral e Juazeiro do Norte vão receber as disputas da edição realizada no Ceará.