Letícia Cazarré posta foto de filha caçula e faz reflexão sobre quem 'reclama de ninharias'

A filha da jornalista com ator Juliano Cazarré nasceu em junho deste ano com Anomalia de Ebstein

Maria Guilhermina, filha de Letícia e Juliano Cazarré, nasceu em junho deste ano com Anomalia de Ebstein, uma doença rara no coração que afeta um em cada 10 mil bebês. Letícia postou, nessa quarta-feira (7), uma imagem da criança, que atualmente está hospitalizada na UTI do Hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo. 

A jornalista escreveu na imagem a seguinte reflexão. "Se você soubesse tudo o que eu já passei, inclusive agora de manhã, não estaria aí reclamando de ninharias".

A mãe mora no hospital desde que Maria nasceu, a neném já passou por alguns procedimentos cirúrgicos e também foi submetida a outras intervenções médicas.

FAMÍLIA

Recentemente, Letícia desabafou em uma rede social sobre a saudade que tem sentido dos seus outros filhos.

"Tenho cinco filhos, mas a saudade dessa princesa é a que mais dói no coração. Ela ainda nem falava quando saí de lá, era uma bebê... Agora já vai fazer dois aninhos", referindo-se a Maria Madalena, de um ano e dez meses.

Além das duas, ela é mãe de Vicente, de 12 anos; Inácio, de nove; e Gaspar, de três.

TRATAMENTO DA CAÇULA

Semanas atrás, Guilhermina teve uma piora, devido a uma infecção grave, o que fez Letícia pedir orações a seus seguidores nas redes sociais. "Quem puder, reze pela Maria Guilhermina. Ela piorou bastante, provavelmente está com uma infecção grave. Estamos fazendo tudo para que ela se recupere logo. Contamos com as orações de todos vocês, meus amigos".

O tratamento já contou também com uma traqueostomia, operação que consiste em facilitar a chegada de ar até os pulmões, no mês de outubro.

O que é Anomalia de Ebstein? 

Segundo o cardiologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vinicius Menezes, em entrevista ao jornal Extra, a Anomalia de Ebstein é uma cardiopatia rara da válvula tricúspide. Devido à condição, a válvula é malformada e fica posicionada em um local muito baixo, permitindo que o sangue escape para trás a partir do ventrículo para o átrio. 

Essas anormalidades causam insuficiência cardíaca congestiva, um refluxo sanguíneo resultando em acúmulo de líquido nos pulmões e fluxo insuficiente de sangue oxigenado para o corpo. Conforme o médico, a anomalia afeta apenas um em cada 10 mil bebês, com distribuição igual entre os gêneros feminino e masculino. 

No caso de bebês, o diagnóstico da condição é realizado através de uma ecocardiografia fetal, feita ainda durante o pré-natal. Já em crianças, adolescentes e adultos, acontece por meio de uma ecocardiografia convencional.

O cardiologista explica que pesquisas (não conclusivas) indicam haver um maior risco de Anomalia de Ebstein quando as mães utilizam alguns medicamentos, como, por exemplo, lítio, ou são portadoras da síndrome de Wolff-Parkinson-White. 

Anomalia de Ebstein tem cura?

Segundo Vinicius Menezes explicou ao Extra, a maioria dos pacientes com uma forma mais branda da condição podem ser tratados com medicação que controla a insuficiência cardíaca congestiva ou os ritmos cardíacos anormais. No entanto, quando a condição é grave e causa arritmia ou baixos níveis de oxigênio (cianose), é necessária a intervenção cirúrgica. 

O médico esclarece que com o avanço da Medicina, houve um aumento da sobrevida de portadores de cardiopatias, além da recuperação após abordagem cirúrgica nos centros especializados ter se tornado cada vez mais favorável. Conforme o cardiologista, eventualmente, os pacientes conseguem viver com baixos sintomas ou sem sintoma nenhum.

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