Advogada de Deolane se pronuncia após ser indiciada pela Polícia Civil: 'Golpista não acorda às 5h'

A ex-BBB revelou que "jamais arriscaria" os 22 anos de carreira para cometer algo ilícito

Adélia Soares utilizou as redes sociais, nesta segunda-feira (16), para se pronunciar sobre o indiciamento por falsidade ideológica e associação criminosa. A ex-BBB e advogada de Deolane Bezerra teria aberto uma empresa para um grupo chinês operar jogos ilegais

"Golpista não acorda às 5h da manhã. Toda quinta-feira vocês podem ver lá que eu estou fazendo pós-graduação. Eu estudo, estudei e continuo estudando muito", frisou em vídeo no Instagram. 

A indiciada ainda explicou que não arriscaria a carreira para cometer algum tipo de crime. "Jamais arriscaria esses 22 anos de muito, muito trabalho, por algo que não fosse lícito, que fosse o contrário do que oriento meus clientes. Confio na Justiça, eu confio no Ministério Público, eu confio na documentação, que todo processo foi feito dentro da legalidade. Sigo trabalhando porque é o que sei fazer, é o que eu sempre fiz", disse.

Veja vídeo

A suspeita também informou em vídeo que já possui defesa e está auxiliando as autoridades nas investigações. "Já constituí um advogado, doutor André Callegari, que já peticionou nos autos, colocando que estou à disposição das autoridades para comparecer, apresentar documentos, prestar esclarecimentos, o que for necessário, por não existe tipo de ilicitude em relação a essa situação", afirmou. 

Adélia ainda informou que seu caso não "tem a menor relação" com o de Deolane, detida em um presídio no agreste de Pernambuco. 

Entenda

Adélia de Jesus Soares segue investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por suposto envolvimento com empresas de jogos ilegais. Na semana passada, ela foi indiciada pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.

A investigação apura uma denúncia que associa a advogada à criação de uma empresa de fachada. Conforme a Polícia, Adélia se associou a chineses para explorar ilegalmente jogos de azar no Brasil. As informações foram exibidas em reportagem do Fantástico do domingo (15).

A investigação da Polícia Civil iniciou quando um funcionário de limpeza de uma delegacia da corporação transferiu R$ 1.800 para a empresa Playflow e não teve o retorno prometido. Estranhando a situação, o homem fez a denúncia formal e afirmou ter sido vítima de golpe em um site de apostas.

Após este episódio, um integrante do grupo de chineses, que também estava sob investigação, afirmou que Adélia era a advogada e suposta dona da companhia. A Polícia afirma que a Payflow foi criada usando documentação falsa na junta comercial da cidade de Suzano (SP).

Segundo o Fantástico, mais de 546 CPFs falsos eram utilizados pela empresa para enviar o dinheiro das vítimas dos golpes para fora do País. A ação acontecia através da aposta em jogos de azar, como o “Jogo do Tigrinho”. Depois da investigação, o grupo de chineses envolvido no esquema foi intimado.

Por meio de nota enviada à TV Globo em Brasília, a defesa de Adélia afirma que as acusações são infundadas e que a advogada, que soma mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, foi vítima de um golpe de terceiros.