Abdul Fares e Jamel Fares, pai e filho, teriam encerrado as ações judiciais que haviam movido um contra o outro sobre gerenciamento de patrimônio. Abdul, que é noivo da atriz Marina Ruy Barbosa e herdeiro de Jamel, fundador da empresa Marabraz, havia entrado com ação de interdição paterna.
As especulações sobre o encerramento das ações foram levantadas após os dois posarem juntos para uma foto ao lado de um exemplar do jornal Folha de S. Paulo, que publicou grande reportagem sobre a batalha judicial familiar na última quarta-feira (11).
Além da imagem, Jamel Fares ainda divulgou declaração com firma reconhecida negando ter processado o próprio filho. "Jamais autorizei a adoção de medidas criminais contra meu filho. Os detalhes dessa vida privada não são do interesse de ninguém", declarou.
Ainda segundo ele, a divulgação de trâmites como esse seria completamente prejudicial para relações íntimas. "Infelizmente, não é uma circunstância inédita que divergências familiares em grupos empresariais sejam, em parte, objeto de disputas judiciais. O sigilo desses procedimentos, quando violado por vazamentos sensacionalistas, causa danos irremediáveis a todos os envolvidos", completou.
O jornal Folha de S. Paulo afirmou, na mesma publicação sobre a batalha judicial, que Abdul resolveu retirar a ação de interdição paterna movida, até então em segredo de Justiça na comarca de Simões Filho, na Bahia.
Herdeiro de império
Abdul Fares é herdeiro de Jamel Fares, cofundador da Marabraz, uma varejista de móveis com mais de 120 lojas no Brasil. Atualmente, no entanto, Abdul é diretor financeiro e um dos fundadores da empresa BlueGroup, que atua no mercado digital com várias startups.
Namorado de Marina Ruy Barbosa desde 2023, ele pediu a atriz em casamento durante uma viagem a Dubai, nos Emirados Árabes, e o valor de R$ 1 milhão foi estipulado como o preço pago pela joia para selar o momento entre o casal.
A relação, inclusive, teria sido citada na suposta defesa do processo envolvendo pai e filho. "Nos últimos dois anos e meio, Abdul torrou em despesas pessoais pelo menos R$ 22,5 milhões com recursos que pertencem às empresas da família, em viagens de jatinho, aquisição de helicópteros, compra de diamantes no valor de milhões de reais para presentear sua noiva, entre outras indulgências", relatou a defesa de Jamel na queixa-crime, conforme mostrado pela Folha.
Em contrapartida, no processo em que movia contra o pai, Abdul alegou uma série de problemas que supostamente o impediam de controlar o dinheiro da família.
O herdeiro teria solicitado que o pai fosse interditado em função de problemas de saúde como depressão profunda, cardiopatia grave, dependência química de medicamentos controlados, além de um quadro de agressividade, atestados por relatórios psiquiátricos e neurológicos.