Os quatro tipos de porquês presentes na língua portuguesa podem gerar dúvidas. Há quem tenha dicas para lembrar das regras de uso dessas palavras. No entanto, o que pode ajudar a aprender como utilizar os porquês é entender a formação dessas palavras.
Porque (junto e sem acento)
Porque, junto e sem acento, é uma conjunção. Isso quer dizer que é responsável por ligar duas orações ou palavras com o mesmo valor gramatical. Ele pode ser classificado como uma conjunção subordinativa causal, que dá a ideia de causa, ou uma conjunção coordenativa explicativa, que dá ideia de motivo. Por isso, para saber se deve usar o “porque” em uma frase, tente substituir a palavra por “pois”, “para que” ou “uma vez que”.
Exemplo: Não vou ao parque porque estou ocupado.
Por que (separado e sem acento)
Por que, separado e sem acento, pode ser a junção da preposição por com o pronome interrogativo que. Nesse caso, ele é utilizado com o mesmo sentido de “por qual motivo” ou “por qual razão”, tanto em frases afirmativas como interrogativas.
Exemplo: Por que você escolheu esta música?
É fácil entender por que você gosta dela.
O “por que” também pode ser composto da preposição por e do pronome relativo que. Assim, ele passa a significar “pelo qual” ou “pela qual.
Exemplo: Não sei o motivo por que o computador está lento.
Por quê (separado e com acento)
Por quê, separado e com acento, também é uma junção da preposição por com o pronome interrogativo que, significando “por qual motivo”. No entanto, a diferença é que sempre antes de um ponto, seja interrogativo, de exclamação ou final, vem acompanhado de um acento circunflexo (^).
Exemplo: O gato não comeu nada hoje? Por quê?
Está estudando agora por quê?
Porquê (junto e com acento)
Porquê, junto e com acento, é um substantivo e vem sempre acompanhado de um artigo, pronome, adjetivo ou numeral. Pode ser substituído por “motivo” ou “razão”.
Exemplo: Diga um porquê de estar ansioso.
Gostaria de saber o porquê de tanto alvoroço.