Positividade de testes Covid-19 em farmácias do Ceará volta a crescer em maio

Levantamento da Abrafarma aponta que número de testes confirmados em farmácias subiu de oito para 25 por dia.

Escrito por Redação ,
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Legenda: Em janeiro, no auge da terceira onda, a positividade chegou a 46,64% no Estado.
Foto: José Leomar

O vírus da Covid-19 continua em circulação no Ceará e vem provocando aumento na positividade de exames na rede privada de testagem. Entre abril e maio, a proporção de diagnósticos confirmados em farmácias aumentou de 3,8% para 8,3%.

Os dados foram repassados pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) ao Diário do Nordeste e revelam reversão da tendência de queda nos registros.

Em abril, as farmácias cearenses fizeram 6,4 mil testes, dos quais 244 deram positivo - uma média de oito por dia. Já em maio, até o último dia 22, foram realizados 6,5 mil exames, com 544 positivos - cerca de 25 ao dia.

Apesar do aumento, a escala de casos é menor em relação a outros períodos da pandemia. Em agosto de 2021, por exemplo, quando a positividade também era de 8,3%, foram confirmados 2.025 testes.

O recorde de positividade nesses estabelecimentos no Estado ocorreu em janeiro deste ano, quando chegou a quase 47%. Também houve recorde de testes realizados e confirmados: foram 142,1 mil e 66,3 mil, respectivamente.

Em fevereiro, a proporção de testes positivos reduziu para 32%. Em março, caiu bruscamente para 3,76%.

O indicador de positividade é um dos primeiros a ser alterado, segundo especialistas, sendo necessário avaliar o cenário de procura por assistência médica. No entanto, também ponderam que a quantidade de testes feitos atualmente é considerada baixa.

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O médico infectologista e consultor em infectologia da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), Keny Colares, ressaltou em entrevista ao Sistema Verdes Mares que há pessoas com síndromes gripais que deixam a testagem de lado, mascarando a real circulação da doença.

O que preocupa é a possibilidade de os casos estarem acontecendo e não serem notificados. Pessoas que antes procuravam assistência agora têm casos mais leves e nem testam, ou compram autoteste na farmácia e não notificam. A subnotificação nos preocupa.
Keny Colares
Infectologista

“Na rede privada, os índices estão mais elevados, mostrando que a doença está circulando”, complementa. Ainda assim, ele considera que os principais indicadores, de casos e óbitos, continuam com “estabilidade em níveis baixos”.

Liberação das máscaras

Desde o dia 21 de março, o uso de máscara deixou de ser obrigatório em locais abertos no Ceará e, desde o dia 15 de abril, a obrigatoriedade também caiu em lugares fechados. Mas, em hospitais, policlínicas, postos de saúde e veículos de transporte público, o uso obrigatório permanece. 

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