Ceará confirma primeiro caso de monkeypox em criança
Estado soma 99 confirmações da doença até esta quinta-feira (8)
O Ceará confirmou o primeiro caso de monkeypox em uma criança, segundo balanço diário sobre a enfermidade do IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Trata-se de uma menina, na faixa etária de 0 a 9 anos, moradora de Fortaleza.
Segundo os sintomas descritos no painel, a criança apresentou erupção cutânea, dor de garganta, cefaleia, perda de força, lesão na boca, além de náusea.
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Com o registro, chega a seis o número de pacientes do sexo feminino acometidos com a doença no Estado, que já soma 99 confirmações. Outros 341 casos permanecem em investigação laboratorial.
Fortaleza reúne a maioria dos registros: 82 no total. Em seguida aparece Caucaia, com três casos, seguido de Sobral, Russas e Maracanaú, com dois casos cada um. Barbalha, Eusébio, Itaitinga, Jijoca de Jericoacoara, Massapê e Pacajus têm um caso cada.
Quais os sintomas da monkeypox?
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, geralmente sem complicações.
Os principais sintomas da monkeypox, já identificados entre os cearenses, são:
- lesões na pele;
- febre;
- dor de cabeça;
- fraqueza;
- dor muscular;
- aumento dos linfonodos do pescoço;
- dor de garganta;
- dor nas costas;
- suor/calafrios;
- dor nas articulações;
- lesão genital/perianal;
- náusea/vômito;
- inchaço dos gânglios;
- lesões na boca e mucosas;
- tosse;
- sensibilidade à luz;
- conjuntivite;
- inchaço peniano;
- proctite (inflamação no reto);
- sinais hemorrágicos.
O período de incubação do vírus monkeypox é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período que o paciente pode permanecer sem sintomas após ter contraído o vírus.
Como ocorre a transmissão da monkeypox?
Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados.
“Quando a crosta desaparece e há reepitelização, a pessoa deixa de infectar outras e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem em poucas semanas”, aponta a Sesa.
De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o vírus tem potencial epidêmico.
Como prevenir?
- Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
- Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
- Usar máscaras de proteção.
As medidas também valem para roupas, roupas de cama, talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.
O que fazer se tiver sintomas da monkeypox?
As autoridades de saúde recomendam que o paciente que apresentar sintomas da varíola dos macacos procure uma unidade de saúde, para atendimento médico. E não entre em contato com outras pessoas.
Qual é o tratamento?
O tratamento dos casos suspeitos de varíola dos macacos tem se baseado, conforme boletim da Secretaria da Saúde, “no manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e manutenção do balanço hidroeletrolítico”.
A maioria dos casos, observam as autoridades de saúde, apresenta sintomas leves e moderados. “Na presença de infecções bacterianas secundárias às lesões de pele, deve-se considerar antibioticoterapia”, acrescenta a Sesa.
Até o momento, não há medicamento aprovado especificamente para monkeypox, embora alguns antivirais tenham demonstrado alguma atividade contra o MPXV.