Os condôminos de prédio no Montese interditado após o piso do estacionamento ceder só poderão voltar para casa após avaliação de um engenheiro, agendado para esta terça-feira (25). Conforme a Defesa Civil de Fortaleza, o deslizamento de terra no local ainda pode ser um risco ao prédio.
Segundo Uchôa Pinho, gerente do Núcleo Emergencial da Defesa Civil, análise inicial indicou que ocorreu o solapamento de uma fossa no estacionamento - uma forma de deslizamento que provoca o afundamento do solo.
"Essa fossa continua sendo utilizada, segundo informou a subsíndica. Por conta desse solapamento, o prédio está isolado. A priori, a estrutura do prédio apresenta pequenas manifestações patológicas que não são oriundas do solapamento. No entanto, o prédio ficará interditado por conta do solapamento porque ainda existe risco de continuar o desabamento desse terreno onde está a fossa", explicou.
Para poder liberar a volta dos moradores, a equipe do órgão municipal aguarda a avaliação de um engenheiro contratado pelos moradores. "Permanecerá interditado até o engenheiro que os condôminos contratarem, que ficaram de trazer ainda hoje, pra fazer uma avaliação, emitir um laudo sobre a situação pra fazer a recuperação. É ele que dará as informações necessárias para tomar as providências sobre a permanência ou não do prédio".
A desinterdição será feita com a apresentação do laudo. O engenheiro vai avaliar a questão do risco. Se ele identificar que o risco é mínimo, ele vai apontar no laudo como também o que será feito para recuperação
Duas famílias dormiram em prédio após desabamento
Mesmo com a evacuação após a interdição do prédio, duas famílias passaram a noite acomodadas em apartamentos "por não terem para onde ir", segundo Uchôa Pinto.
Dois veículos estão no estacionamento que desabou. Conforme o gerente da Defesa Civil, uma das moradoras já tomou providências para a retirada.
Ainda segundo o gerente da Defesa Civil, todos os moradores foram orientados a procurar abrigo em local seguro. "Damos todas as orientações para que as pessoas não tenham risco", concluiu Uchôa Pinho.