O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para o risco de chuvas e ventos fortes em 51 cidades cearenses. Este é o primeiro aviso meteorológico realizado pelo órgão em outubro. O fato incomum se dá pelo fato de o mês não ter tendência de índices pluviométricos volumosos. A média histórica para o período é de apenas 3.9 milímetros.
O alerta, válido até as 11 horas desta quinta-feira (27), aponta para a possibilidade de chuvas entre 30 e 60 mm por hora ou entre 50 e 100 milímetros ao dia. Além disso, também há risco de ventos fortes com rajadas que podem chegar a 100 km/h. A depender das condições climáticas, o alerta pode ser renovado.
Os avisos do Inmet são divididos em três níveis de severidade, sendo o primeiro deles o de grau 1 ou 'perigo potencial'; o segundo, de grau 2, também chamado de 'perigo'; e, por fim, o grau 3 ou 'grande potencial'. Para este último nível, ainda não houve nenhum alerta no Ceará neste ano.
- Perigo Potencial: Cuidado na prática de atividades sujeitas a riscos de caráter meteorológico. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e não corra risco desnecessário.
- Perigo: Mantenha-se muito vigilante e informe-se regularmente sobre as condições meteorológicas previstas. Inteire-se sobre os riscos que possam ser inevitáveis. Siga os conselhos das autoridades.
- Grande Perigo Grande Perigo: Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional. Grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana.
Apesar de as fortes chuvas não serem comumente registradas em outubro, entre a noite de ontem (25) e o início da manhã desta quarta (26) pelo mens 8 cidades foram banhadas por intensos volumes. Esta foi a primeira vez, em dez anos, que outubro registrou chuvas tão volumosas nestas quantidade de cidade.
Em Juazeiro do Norte, maior cidade do Interior cearense, a chuva de 127,7 milímetros deixou estragos. Diversos pontos do município caririense tiveram registro de alagamento. Em um dos bairros mais críticos, o Lagoa Seca, a principal avenida só era cruzada por meio de canoas.
A prefeitura diz que pleiteia recursos na ordem de US$ 80 milhões para iniciar as obras que "irão reparar, de forma definitiva", os problemas advindos das fortes chuvas.