O pastor e missionário Francisco Barbosa, encontrado morto no Quênia, já tinha sofrido ataques antes. De acordo com Nilson Cezar, diretor da Missão Cristã Mundial, organização na qual o pastor prestava serviço, os atentados não eram 'incomuns' devido aos riscos do trabalho de missionário "principalmente nas zonas de conflitos".
Nilson conta que a vítima mancava de uma das pernas devido às agressões de anos atrás. Os ataques anteriores teriam acontecido no Sudão do Sul e em Nairóbi, capital do Quênia. Francisco teria sido mantido em cárcere por cerca de seis horas.
"Foi muito espancado. Depois apareceu um desgaste no fêmur, que acreditamos ser proveniente disso. Ele mancava devido a isso, mas nunca parou de cuidar, de fazer obras", contou Nilson, ao Diário do Nordeste.
"Há grupos que são refugiados de vários países e que têm crenças, motivações específicas"
DESAPARECIMENTO
O missionário havia desaparecido na última quarta-feira (7), ao sair para um supermercado. Neste sábado (10), a entidade Missão Cristã Mundial confirmou que ele foi encontrado morto.
Barbosa era natural de Varjota, no Ceará. Há sete anos ele morava no Quênia
O falecimento foi informado pela filha de Francisco, Anny Victoria, nas redes sociais. "O céu faz uma grande festa para receber meu papai. É com muita dor no coração e em prantos que escrevo isso. Agradeço de coração a todos que divulgaram e se juntaram a nós no pior momento de nossas vidas. Mas Deus quis levar o meu pai".
No Instagram, Francisco compartilhava diversas publicações de seus trabalhos como missionário.
RELIGIOSO FOI MORTO E QUEIMADO
De acordo com a esposa do pastor, Franciane Barbosa, Francisco foi executado a tiros dentro de seu carro por dois homens. A Embaixada do Brasil no Quênia informou à família que o crime foi capturado por câmeras de segurança.
Após matarem o cearense, os homens atearam fogo no veículo, e o corpo do pastor foi carbonizado.
O missionário foi visto pela última vez por volta das 15h, no horário local de Nairóbi, na quarta-feira. O carro dele teria circulado pela cidade em posse de um grupo de homens que seriam os sequestradores.
Conforme a MCM, todos os órgãos de investigação atuam no caso, bem como a embaixada brasileira no país africano.