Na tarde desta sexta-feira (11), o governador Camilo Santana anunciou que manterá o mesmo decreto da semana passada, publicado dia 5 de fevereiro, após observar a diminuição de casos e mortes por Covid-19 no Estado. A declaração ocorreu durante live compartilhada em suas redes sociais, ao lado do secretário estadual de saúde, Marcos Gadelha.
"Vejamos a terceira onda, tiveram mais casos do que nas duas ondas e os óbitos foram menores, porque as pessoas estavam imunizadas com a vacina contra a doença", apontou Camilo.
O Governador agradeceu aos profissionais de saúde, prefeitos, autoridades, e órgãos federais e estaduais no enfrentamento à Covid-19. "Estamos vencendo essa onda da pandemia. Faço mais um apelo para que todos se vacinem e tomem a dose de reforço", declarou durante transmissão.
Importância da vacinação
Na live, Camilo reforçou a importância da população em se vacinar ressaltando que mais de 80% da população já recebeu as duas doses na vacina. Ao todo, foram mais de 16 milhões de doses aplicadas.
"A grande maioria foram casos leves (de Covid-19), por conta da vacinação. Ainda tem pessoas que resistem por conta do discurso negacionista, mas existem estudos que mostram a comprovação da vacina", disse o governador ao tratar sobre a imunização.
"Estamos em queda da positividade e do número de mortos. Isso mostra que a gente está enfrentando essa nova onda da Covid no Ceará".
O secretário também apontou que a população está adquirindo imunidade contra a Covid-19, pois apesar do Estado estar registrando um alto número de casos, os óbitos são menores.
Cenário da Covid-19 no Ceará
Após o aumento de casos da Covid-19, com a chegada da variante Ômicron, Fortaleza registrou queda na média de ocorrências da doença entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro.
Entre a 4ª e a 5ª Semanas Epidemiológicas (SEs), a capital cearense teve uma diminuição de 50,15% na média móvel, saindo de 573 para 285,6 casos.
Além disso, dos 184 municípios cearenses, em 57 cidades, segundo as informações divulgadas nas páginas oficiais das Prefeituras, cruzadas com os boletins publicizados nas redes sociais oficiais das gestões, não houve acréscimo de mortes em 2022, mesmo com o registro de novos casos da doença.
Últimos decretos
5 de fevereiro
O último decreto foi publicado no dia 5 de fevereiro. O documentou apontou que o Ceará não terá ponto facultativo durante o Carnaval deste ano. A decisão foi tomada em reunião do comitê que delibera sobre os decretos relativos à pandemia, que definiu medidas para evitar as aglomerações nesse período.
O decreto também definiu a recomendação de que instituições de ensino, comércio, serviços e indústria funcionem normalmente. Entre outras recomendações, estão que:
- Não haverá ponto facultativo concedido por entidades e órgãos públicos;
- Recomendação às instituições de ensino a fim de que funcionem normalmente;
- Recomendação aos órgãos representativos competentes para a abertura do comércio, serviços e indústria;
- Recomendação, ainda, da compensação, em data futura, dos dias trabalhados nesse período.
28 de janeiro
No dia 28 de janeiro, o governador Camilo Santana (PT) havia anunciado um decreto de isolamento social e reabertura econômica para o Ceará. Nele, foram inseridas novas medidas sanitárias definidas pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19, que passaram a vigorar desde o dia 31 do mesmo mês.
O anúncio aconteceu após reunião do comitê científico, que ocorre todas as sextas-feiras. O governador apontou que há uma estabilidade, com tendência de queda, no número de casos e, por isso, manteve o decreto sem alterações.
15 de janeiro
Antes disso, em 15 de janeiro no Ceará, Camilo Santana recomendou que as escolas com alunos de até 11 anos adiassem o começo das aulas por 15 dias.
Dentre as mudanças anunciadas na ocasião, o documento também reduziu de 80% para 30% a capacidade de público nos estádios de futebol do Ceará. A medida vale até 5 de fevereiro.
O decreto também tornou obrigatório o uso da máscara de proteção N95 ou similar por trabalhadores dos estabelecimentos considerados mais vulneráveis ao contágio por síndromes respiratórias, como escolas, supermercados e farmácias.