Após 31 anos, cearense se encontra com filha entregue para adoção, na França: 'teve choro e abraço'

Família voltou a se conectar por meio das redes sociais onde também a história ganha repercussão

"Teve choro, abraço, fofoca e presente", como resumiu Jean Vasconcelos, sobre o encontro deste domingo (19) entre a tia Francineide Santos Gomes, de 56 anos, e a filha dela, rebatizada de Lucile por um casal francês, após 31 anos. Os detalhes da visita têm ganhado repercussão nas redes sociais.

A publicação sobre a viagem para o reencontro, que começou na última semana, tem quase 90 milhões de curtidas até a veiculação desta matéria. Foi por meio da internet, inclusive, que Jean fez contato com Lucile e organizou tudo até o abraço entre mãe e filha.O jovem conversou com o Diário do Nordeste sobre a situação.

Parte da família francesa também participa do momento especial. Enquanto as linhas sobre essa história Ceará-França são escritas, tia Neide, Jean, Liliana e outros parentes aproveitam a presença tão aguardada.

"Deu tudo certo, nos encontramos, tia Neide e a família toda. Vamos fazer um passeio e curtir a tarde juntos", registrou Jean momentos antes de embarcar no trem.

"As duas mães ficaram melhores amigas, parece que são vizinhas. Após o almoço, fizemos um passeio pelo Rio Sena. A família vai permanecer em Paris por uns dias também. Obrigado a todos pelo apoio e torcida", detalhou o administrador no Twitter.

Entenda a história

Dona Neide entregou a filha para adoção ao casal francês que estava em Fortaleza quando a menina, na época chamada Liliana, tinha um ano. Desde então, ficou o sofrimento da mãe cearense pela separação.

"Na época ela não tinha condições de criar essa filha e ter uma família, pois tinha uma relação conturbada com os pais, além de não ter como sustentar a menina. Ela decidiu colocar a filha para adoção como uma forma da bebê parar de passar por aquele sofrimento", explicou Jean.

Ao acompanhar o "martírio" da tia, o administrador resolveu buscar a prima nas redes sociais e encontrou a jovem Lucile Gaudet, que mantinha o sobrenome Caraúba, de origem indígena, entre parênteses.

Foram muitas mensagens e até fotos antigas, da dona Neide com a filha no braço, até conseguir estabelecer um vínculo virtual. Na última terça-feira (14), finalmente, Jean e tia Neide foram para a Europa para o encontro.