Sucesso de escritor cearense, obra 'A palavra que resta' será adaptada para os cinemas

Ainda sem data de estreia, longa terá direção de Fernando Nogari

Criação do talentoso escritor cearense Stênio Gardel, a obra “A palavra que resta” deixará as páginas para ocupar também as telas de cinema. Ainda sem previsão de estreia, a adaptação do livro, vencedor do National Book Awards, ficará por conta da Pródigo Filmes e terá direção de Fernando Nogari. 

Em entrevista ao Diário do Nordeste, o autor revelou que os direitos de adaptação da obra foram adquiridos ainda em 2021, ano em que o romance foi lançado. Desde então, foi definido que o também cearense Armando Praça assinará o roteiro.

“Minha participação vai ser colaborativa, estarei sempre à disposição dos produtores, do Nogari e do Armando. Admiro e confio muito no trabalho deles, estou muito animado”, confidenciou Stênio. 

Entusiasmado em ter suas palavras ganhando vida através do audiovisual, o autor não escondeu a ansiedade para ver a obra alcançar novos públicos: “Cada conquista do livro me deixa mais impressionado e feliz com o alcance da história e com o fato de que mais pessoas vão poder conhecer os personagens e suas vidas, agora em uma nova linguagem”.

Por enquanto, a adaptação ainda está em fase de desenvolvimento e não existem confirmações sobre o elenco ou local em que ocorrerão as gravações. 

‘A PALAVRA QUE RESTA’

Estreia de Gardel na literatura, ‘A palavra que resta’ apresenta a história de Raimundo, um homem de 71 anos, que nunca aprendeu a ler ou a escrever porque, desde novo, teve que trabalhar com o pai na roça. 

Apesar de ter deixado a vida no sertão para trás, o homem ainda guarda uma carta, escrita há mais de 50 anos, por Cícero, com quem viveu um romance proibido. É justamente o recado, nunca lido, que motiva o protagonista a aprender a ler para finalmente descobrir o que a antiga paixão queria lhe dizer. 

Tocante, a obra venceu a categoria “Tradução para a língua inglesa” do National Book Awards, uma das mais importantes premiações literárias dos Estados Unidos. O livro desbancou concorrentes da Colômbia, Coreia, Senegal e Suriname.

*Sob supervisão de Wagner Mendes