A atriz Fernanda Montenegro gravou uma edição especial do programa “Tributo”, que irá ao ar na TV Globo no próximo dia 16, data que ela completa 95 anos. O colunista Gabriel Vaquer teve acesso ao material e destacou que a artista falou sobre a experiência de ser indicada ao Oscar, em 1999.
Fernanda foi indicada ao prêmio pela atuação em “Central do Brasil”, como Dora, filme de Walter Salles. Ela perdeu, no entanto, para Gwyneth Paltrow, por "Shakespeare Apaixonado”. Ainda assim, a atriz reforça que a experiência não foi um trauma.
“Jamais pensei que iria levar esse negócio. Mesmo que não pegue a estatueta, aquilo já bota você no noticiário. Eu assisti como se estivesse em uma fantasia. Sabia que não ia levar nada, mas estive lá. Eu sou obediente, às vezes”.
Ainda no programa, Fernanda refletiu sobre a carreira na televisão: “Fazemos parte da história cultural da televisão brasileira. Eu comecei em dezembro de 1950, na TV Tupi. Havia um grande elenco, todos muito jovens, e hoje estamos aí, à beira dos 100 [anos]. As nossas biografias são muito bonitas, porque são biografias de resistência”.
Ela ainda brincou sobre seu nome artístico. O nome verdadeiro de Fernanda é Arlette. “Sou, ao mesmo tempo, Arlette Pinheiro Monteiro Torres e Fernanda Montenegro. Uma é a chamada de uma arte, de uma profissão. A outra, sou eu de porta fechada, sólida, dentro de casa. Será que isso é sadio? Não sei! Mas é desafiador. E já que estou com essa idade, tenho sobrevivido”, concluiu.