O prêmio Nobel de Literatura 2023 foi concedido, nesta quinta-feira (5), ao dramaturgo norueguês Jon Fosse pelas obras "inovadoras", anunciou o júri. Fosse, de 64 anos, foi premiado "por suas obras de teatro e prosa inovadoras que dão voz ao indizível", destacou a Academia Sueca.
Livros de Jon Fosse
Nascido em 29 de setembro de 1959 na cidade de Haugesund, Fosse é um escritor multifacetado e pouco acessível para o grande público. O norueguês, no entanto, é um dos autores vivos cujas peças de teatro mais são encenadas na Europa.
O escritor é conhecido principalmente por suas mais de 40 peças, mas também por sua produção de obras infantojuvenis, poemas e romances, um leque que está sendo ampliado no Brasil.
"É a Ales", por exemplo, finalista do prêmio Booker Internacional, acaba de sair no Brasil pela Companhia das Letras, somando-se a "Melancolia", já publicado pela Tordesilhas. A Fósforo está prestes a lançar outro, "Brancura".
Obra marcada por linguagem simples
Comparado com frequência a Samuel Beckett, a obra de Fosse é minimalista, baseada em uma linguagem simples que transmite sua mensagem através do ritmo, da melodia e do silêncio.
Fosse ganhou fama como dramaturgo com 'Nokon kjem til å komme' ("Alguém vai chegar").
Quando foi informado sobre o prêmio, "ele estava dirigindo pelo campo, em direção ao fiorde ao norte de Bergen, na Noruega", informou Mats Malm, secretário permanente da Academia Sueca, após o anúncio.
"Tivemos a oportunidade de começar a falar sobre questões práticas e a semana do Nobel em dezembro", acrescentou.