Edgard Telles Ribeiro foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em eleição que aconteceu na tarde desta quarta-feira (11). O escritor e diplomata ocupará a Cadeira de número 27, anteriormente ocupada por Antonio Cícero, morto em 23 de outubro.
"Eu represento um grupo de pessoas que são os contadores de histórias. Eu sou contador de histórias. Nos últimos anos, a Academia Brasileira de Letras vem se diversificando e isso enriquece a instituição. E eu fico feliz de trazer esse lado do contador de histórias", destacou o imortal.
Telles recebeu 28 votos na disputa, enquanto seis membros da ABL votaram em Tom Farias (Uelinton Farias Alves). Dois imortais votaram em branco e três se abstiveram.
Os outros concorrentes eram: Lucas Silva, José Efigênio Moura, Eduardo Luiz Baccarin-Costa, Ruy da Penha Lôbo, João Calazans Filho, Martinho Ramalho de Melo, Alda Nilma de Miranda, Chislene de Carvalho J. M. Monteirás e Remilson Soares Candeia.
Antes de Antonio Cicero, a Cadeira 27 foi ocupada por Maciel Monteiro, Joaquim Nabuco, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro, Otávio de Faria e Eduardo Portela.
Em declaração, o autor também destacou a esperança de que sua presença na ABL siga inspirando autores pelo País. "Se [essa eleição] puder inspirar novos escritores a continuar insistindo apesar das dificuldades, eu ficarei muito feliz", disse, enquanto recebia cumprimentos por sua eleição.
QUEM É EDGARD TELLES RIBEIRO?
Escritor, embaixador aposentado, cineasta e professor, Edgard Telles Ribeiro tem 79 anos. O novo imortal da ABL nasceu no Chile e radicou-se no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira como crítico de cinema, escrevendo para suplementos literários. Entre 1978 e 1982 foi professor de cinema na Universidade de Brasília (UnB).
Ribeiro é autor de 15 livros, entre romances e contos. Jogo de Armar, o mais recente, foi finalista do Prêmio Jabuti 2024. Outras obras publicadas são Olho de Rei, O Punho e a Renda, O Impostor e A Mulher Transparente.
Como diplomata, serviu nos Estados Unidos, Equador, Guatemala, Nova Zelândia, Malásia e Tailândia (embaixador nos três últimos) No Brasil, trabalhou na área cultural do Ministério das Relações Exteriores, cujo departamento chefiou entre 2002 e 2005.