O termo startup possui várias definições. Afinal, há quem acredite que qualquer pequena empresa ou que um vendedor de lanche, sejam exemplos de startup. No entanto, segundo a analista do Sebrae, Marília Diniz, para ser uma startup não precisa ser uma empresa, ou seja, não precisa de um CNPJ. Além disso, para existir, é necessário que tenha uma base tecnológica capaz de romper as fronteiras de vendas estaduais e até nacionais.
O que é uma startup
Mesmo assim, uma das definições mais utilizadas é a do empreendedor americano Steve Blank. Segundo ele, startup é uma empresa jovem formada por um grupo de pessoas, com modelo repetível e escalável, em um cenário incerto. Mas, o que seria esse modelo repetível e escalável?
Marília explica que o modelo repetível se refere ao fato de que esse negócio pode ser realizado de qualquer lugar. “Pode ser que um grupo de pessoas do interior do Ceará consiga vender seus produtos estando em Fortaleza ou nos Estados Unidos, por exemplo”, afirma. Já quanto ao escalável, refere-se à evolução do negócio, mas sem crescer a estrutura. “Para isso as startups precisam investir em tecnologia. Precisam de uma base boa para que o negócio possa prosperar”, destaca.
Quanto ao cenário incerto, a analista explica que por mais que a ideia seja boa, não significa que vai ser um sucesso. Isso porque não existe um manual para uma startup ser bem sucedida. No entanto, caso o processo de criação seja realizado de forma adequada, os resultados podem ser melhores.
Como montar uma Startup?
- Para montar uma startup, é preciso ter dois ingredientes fundamentais: um problema e uma ideia. A ideação inicial e a identificação de um problema são processos essenciais no desenvolvimento do seu negócio.
- Em seguida, procure conversar com pessoas que já passaram por esse problema. Aliás, muitas pessoas. Para a analista do Sebrae, quanto mais pessoas você conseguiu ouvir, mais embasamento a sua solução terá.
- Com a ideia pronta, agora você precisa pensar em um time especializado. Segundo Marília, existe um tripé que aponta os especialistas necessários para começar, são eles: um profissional de negócios, que seja ligado ao conteúdo da startup, um especialista em marketing ou design, além de um responsável pela tecnologia do negócio. “Um bom time pode fazer uma ideia mediana ser um sucesso, mas um time ruim pode fazer qualquer boa ideia fracassar”, destaca.
- Além disso, existem duas características que um empreendedor deve ter: agilidade e criatividade. O primeiro deve ser útil na resolução de problemas. Já a criatividade, pode ajudar na hora de economizar nos custos do desenvolvimento do negócio. “Além dessas características, o empreendedor precisa ficar de olho nas oportunidades de mudança e de evolução do negócio”, alerta.
Principais erros
“Se apaixone pelo problema e, só depois, pela solução”, para a analista, esse é o principal erro dos empreendedores de primeira viagem. Ter uma definição clara e conhecer bem o problema é fundamental para que todas as mudanças no seu negócio sejam pensadas para o seu público-alvo.
Outra questão que é necessário ter cuidado é a administração do capital. Segundo Marília, pegar o dinheiro no tempo errado e dar uma parte grande no primeiro financiamento do negócio pode ter sérias consequências. Marília alerta que o máximo deve ser 20%.
Não tenha medo de falar sua ideia. Para Marília, é fundamental que o empreendedor tenha muita coragem para expor e muita dedicação para organizar sua ideia no papel. Afinal, você precisa ser o primeiro a confiar na sua ideia.
Áreas que podem crescer em 2021
Por conta da pandemia de Covid-19, segundo Marília, as áreas que podem ganhar destaque são: saúde, educação e varejo. “Se uma pessoa consegue encontrar soluções para essas áreas, facilmente a startup vai atingir um público enorme no Brasil e no mundo”, avalia.