Um jogo chamado 'Simulador de Escravidão', que estava disponível na loja de aplicativos do Google, foi retirado do ar nesta quarta-feira (24). O game propunha ao usuário ser um "proprietário de escravos".
A dinâmica oferecia aos jogadores duas modalidades: tirana ou libertadora. Na primeira, a proposta era lucrar e impedir fugas e rebeliões. Na segunda, lutar pela liberdade e chegar à abolição. Os jogadores também tinham a opção de agredir e torturar os "escravos".
A Magnus, empresa que produziu o jogo, o descrevia como "criado para fins de entretenimento" e afirmava condenar a escravidão no "mundo real". O jogo estava disponível desde o início da semana e passou a viralizar nas redes sociais nesta quarta (24).
Racismo
Após a repercussão, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que entaria com representação no Ministério Público pelo crime de racismo.
"Entraremos com representação no Ministério Público por crime de racismo e levaremos o caso até as últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis", escreveu o parlamentar no Twitter. "A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a urgência de regulação do ambiente digital", acrescentou.