MPF pede na Justiça exigência de testes de Covid-19 para passageiros e tripulantes de voos nacionais

Medida tem objetivo de evitar disseminação de novas variantes da Covid-19 e controlar crescimento da pandemia no País

Escrito por Redação ,
Aeroporto de Fortaleza
Legenda: O órgão pede a proibição de embarque a quem deixar de apresentar teste de detecção do tipo RT-PCR com resultado negativo para a doença, realizado com antecedência máxima de 72 horas da partida do voo ou do desembarque
Foto: Helene Santos

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com a ação na Justiça Federal no Ceará para obrigar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a União a exigirem testes de Covid-19 para passageiros e tripulantes de voos nacionais. A medida visa conter o avanço da epidemia da doença diante da disseminação de novas variantes do vírus.

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Na ação, o órgão pede a proibição de embarque a quem deixar de apresentar teste de detecção do tipo RT-PCR com resultado negativo para a doença, realizado com antecedência máxima de 72 horas da partida do voo ou do desembarque. A vedação, se determinada pela Justiça, teria validade para voos comerciais e voos privados.

Preocupação

O orgão expressou preocupação sobre o possível crescimento em escala geométrica do número de pessoas infectadas, caso a população não cumpra as medidas preventivas recomendadas pela entidades ligadas à Saúde.

“De nada adianta o distanciamento social e as medidas farmacológicas, se se permite a inserção no território de novas pessoas infectadas, que não estavam submetidas a qualquer forma de contenção”, informa o MPF.

Aumento de casos confirmados

A ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adultas exclusivas para Covid-19 em Fortaleza atingiu 93,31% no último dia 8 deste mês, de acordo com o IntegraSUS.

Proporcionalmente, os índices se aproximam da ocupação registrada em maio de 2020, no pico da doença na capital cearense. No dia 7 daquele mês, a ocupação de UTIs adultas chegou a 95,8%. 

Em Fortaleza, 42 dos 121 bairros, atualmente, já têm mais casos confirmados de Covid-19 registrados na segunda onda do que no primeiro ciclo da epidemia.

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