Ministra Anielle Franco celebra prisão de envolvidos nas mortes do caso Marielle: 'Grande passo'
Três suspeitos foram presos no Rio de Janeiro neste domingo (24)
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, celebrou a prisão de três suspeitos neste domingo (24), investigados pelo assassinato de sua irmã, Marielle Franco. Através das redes sociais, ela agradeceu aos órgãos públicos responsáveis pela investigação.
Foram detidos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.
Veja também
"Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?", escreveu.
"Agradeço o empenho da PF, do governo federal, do MP federal e estadual e do Ministro Alexandre de Moraes. Estamos mais perto da Justiça!", afirmou em uma publicação no X (antigo Twitter).
Operação Murder Inc.
A Polícia Federal deflagrou, neste domingo (24), a Operação Murder Inc., referente ao caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A Operação também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, também na capital fluminense. A Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro participaram da ação.
Os investigadores trabalham para definir a motivação do crime. Até o momento, as investigações apontam que o motivo tem a ver com a expansão territorial de milícia no Rio.
"Dia histórico"
A família de Marielle Franco divulgou uma nota após a operação que resultou na prisão de três suspeitos de participação no assassinato da vereadora. No texto, eles destacam que este domingo "é um dia histórico para a democracia brasileira e um passo importante na busca por justiça no caso de Marielle e Anderson".
Apesar de destacar o avanço nas investigações, a nota aponta que, até o momento, "ninguém foi efetivamente responsabilizado" pelo crime.
"Todas as prisões são preventivas e ainda há muita coisa a ser investigada e elucidada, principalmente sobre o esclarecimento das motivações de um crime tão cruel como esse. Mas, os esforços coordenados das autoridades são uma centelha de esperança para nós familiares", ressaltam.
Veja também
Os familiares da vereadora agradecem ainda a Procuradoria Geral da República, da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro — responsáveis por deflagrar a operação deste domingo — e ao Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, relator do caso.
"Neste dia de dor e esperança, nossa família segue lutando por justiça. Nada trará nossa Mari de volta, mas estamos a um passo mais perto das respostas que tanto almejamos", encerra.
A nota é assinada pelos pais de Marielle, Marinete e Antônio, pela irmã Anielle e pela filha da vereadora, Luyara.
ASSASSINATO DE MARIELLE
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite do dia 14 de março de 2018. Por volta das 21h15, o carro no qual as duas vítimas e a assessora Fernanda Chaves estavam foi emboscado no bairro do Estácio.