Cearense que levava jovens para trabalho análogo à escravidão na Ásia é preso
Dez jovens brasileiros foram resgatados, sendo seis deles naturais de Sobral, no norte do Ceará. André Luís Sales Cunha, 24, foi preso pela Polícia Federal com apoio da Interpol
Foi preso nessa sexta-feira (2) o cearense suspeito de levar jovens para trabalhar em condições análogas à escravidão na Ásia. As informações são do G1.
André Luís Sales Cunha, de 24 anos, teve mandado de prisão preventiva cumprido ao retornar ao Brasil, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
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Dez jovens brasileiros foram resgatados, sendo seis deles naturais de Sobral, no norte do Ceará. André foi preso pela Polícia Federal com apoio da Interpol.
Pai de uma das vítimas, o mototaxista Otoniel Mendes disse em entrevista à TV Verdes Mares que a oferta era para trabalhar com criptomoedas. Ao aceitar, a vítima era submetida a jornadas de trabalho de 14 a 16 horas diárias e que os salários não eram pagos sob a justificativa de que as vítimas precisavam pagar multas.
"Eles relatavam que as pessoas trabalhavam de 14 a 16 horas por dia, com uma folga por mês e qualquer erro pagava multa, que era descontada do salário", disse o pai da vítima.
US$ 500 por jovem aliciado
De acordo com a polícia, André recebia US$ 500 por cada jovem que ele conseguia recrutar. O dinheiro era pago por um grupo criminoso de Mianmar.
Nas redes sociais, o suspeito exibia uma vida de luxo e fazia propostas de empregos dos sonhos na Tailândia, incluindo US$ 1,5 mil por mês de salário, sem custos de moradia ou alimentação.
Os jovens aceitavam a proposta, mas se deparavam com outra realidade: elas eram colocadas em uma espécie de cativeiro e eram obrigadas a trabalhar numa condição análoga à escravidão.
No dia 16 de novembro, 10 jovens foram resgatados em Mianmar pelo Ministério das Relações Exteriores e foram repatriados.