Caso Marielle: sigilo de documentos sobre assassinato é retirado por Alexandre de Moraes

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos neste domingo (24)

Escrito por Redação ,
Legenda: Ministro do STF retirou o sigilo de três documentos referentes ao assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
Foto: Evaristo Sá/AFP

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou neste domingo (24) o sigilo de documentos que fundamentaram a prisão dos suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. As informações são do g1.

Também neste domingo foram presos os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime, e o delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de atrapalhar as investigações.

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A retirada do sigilo se refere a três documentos: a decisão de Alexandre de Moraes que autoriza a prisão preventiva; o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e o parecer da Polícia Federal.

O STF confirmou que Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram alvos de prisão preventiva e que as prisões dos três foram mantidas em audiência de custódia conduzida pelo juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira.

O trio será levado para Brasília, onde ficará detido em penitenciária federal. Além das prisões, foram determinadas buscas e apreensões, bloqueios de bens e afastamentos de funções públicas.

Veja quem são os suspeitos

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão possuem longa experiência em mandatos eletivos pelo Rio de Janeiro. Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro atualmente, mas já exerceu cargo como deputado estadual e como vereador na capital carioca.

Já Chiquinho está no segundo mandato como deputado federal, mas já passou pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e chegou a ser colega de Marielle Franco na Câmara de Vereadores. Ambos tem como reduto eleitoral a Zona Oeste do Rio, região dominada pela milícia.

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foi empossado neste cargo um dia antes da morte de Marielle pelo então interventor federal no Rio, Walter Braga Netto — que viria a ser ministro do Governo Jair Bolsonaro (PL).

Rivaldo Barbosa conheceu os familiares da vereadora Marielle Franco, incluindo os pais dela. Ele chegou a abraçá-los e prometer que resolveria o crime. "Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", disse em março de 2018.

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