Adriana Ferreira Almeida, conhecida como "Viúva da Mega-Sena" por mandar matar o marido Renné Senna, que ganhou R$ 52 milhões na loteria, teve o direito à herança negado pelo Supremo Tribunal da Justiça (STJ). A decisão confirmou a anulação do testamento do lavrador, que foi dada pela 17ª Câmara Cível do Rio de Janeiro em 2018.
O crime aconteceu em 2007. Em 2016, a "Viúva da Mega-Sena" foi condenada a 20 anos de prisão pela morte de Renné. Foragida, Adriana foi presa em 2018, na Região Metropolitana do Rio, onde tinha uma residência como esconderijo.
Segundo informações do G1 RJ, o patrimônio ex-lavrador será dividido entre a filha de Renné, Renata Sena e os irmãos dele. Renata receberá R$ 120 milhões.
Segundo as investigações, o testamento anulado teria sido fruto de manipulação de Adriana Ferreira. O documento deixava a metade da fortuna para ela.
Crime
Renné Sena foi morto na manhã do dia 7 de janeiro de 2007. Ele estava em um bar próximo a sua fazenda, no município de Rio Bonito, quando foi surpreendido por disparos de arma de fogo vindos de dois homens encapuzados de moto.
Com tiros na nuca, no olho e no queixo, o lavrador morreu no local. Adriana foi apontada como a responsável pela família de Renné. A motivação seria que o milionário pretendia se separar da esposa e excluí-la do testamento.
Sena ficou milionário em 2005. Diabético, ele amputou as duas pernas devido a complicações da doença.